[weglot_switcher]

CGTP diz que três milhões aderiram à greve

O secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, acusou o Governo de querer “diminuir” o impacto da greve.
CGTP
O novo secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira, durante a sessão de encerramento do 15.º Congresso da intersindical, que tem como lema “Com os Trabalhadores, Organização, Unidade e Luta! Garantir Direitos, Combater a Exploração – Afirmar Abril por um Portugal com Futuro”, no Pavilhão Municipal da Torre da Marinha, Seixal, 24 de fevereiro de 2024. ANTÓNIO COTRIM/LUSA
11 Dezembro 2025, 13h58

O secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, avançou, em conferência de imprensa, que aderiram à greve desta quinta-feira três milhões de pessoas.

Tiago Oliveira classificou a greve como uma “grande” greve geral e acusou o Governo de querer “diminuir” o impacto da greve. O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, num balanço à greve geral desta quinta-feira, afirmou que apesar do executivo “respeitar quem exerce” o direito à greve a “esmagadora maioria do país está a trabalhar”,

“Respeitamos mesmo o direito à greve e ouvimos sempre aqueles que o exercem. Manteremos sempre a mesma abertura para o diálogo que neste processo temos demonstrado com várias aproximações, nas várias reuniões e encontros”, disse António Leitão Amaro.

O governante salientou que se tivermos em conta os níveis de adesão, “esta parece mais uma greve parcial de alguns setores da função pública”. Na verdade, alguns setores depois têm depois um impacto – como o dos transportes e os assistentes nas escolas – para impactar muitos mais. Mas repito: o nível de adesão no conjunto do país à greve geral é inexpressivo, em particular no setor privado e social. A grande maioria dos portugueses está a trabalhar”. O ministro da Presidência lançou também um desafio: “Convido as pessoas a que olhem à sua volta, vejam a sua vida, os próprios, teremos provavelmente mais pessoas que, se não foram trabalhar, foi por causa dos transportes”.

CGTP elenca taxas de adesão à greve

O secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, descreveu ainda as taxas de adesões em alguns setores. Referiu que as lotas de norte a sul do país estão encerradas. Quanto aos portos de Lisboa, Aveiro e outros estão “sem movimento de barcos”. Entre as empresas o secretário-geral da CGTP salientou que na Superbock Logística e na Dancake a adesão é a 100%. Quanto à hotelaria, cantinas, e refeitórios estes estão “encerrados”. No comércio a Auchan das Amoreiras teve uma adesão de 100% e a logística da Mercadona em Almerim está nos 75%, de acordo com os dados da estrutura sindical.

Na Santa Casa da Misericórdia de Viana Castelo a adesão foi de 100%, enquanto que a Autoeuropa tem a “produção parada”, referiu Tiago Oliveira. “No aeroporto de Lisboa e do Porto a adesão é de 90%, o aeroporto de Faro está encerrado, e no Metro de Lisboa a adesão é de 100%”, disse Tiago Oliveira.

Na função pública, Tiago Oliveira referiu que por exemplo nos setores da educação e da saúde, administração local, e na cultura, a adesão varia entre os 80% e os 100%.


Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.