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Chega acusa Governo de “brincar com as pessoas” e de “falta de clareza” no desconfinamento

André Ventura criticou a resposta de António Costa e Marta Temido à pandemia de Covid-19, defendendo junto do Presidente da República que “o país não aguenta muito mais tempo nestas circunstâncias”.
José Sena Goulão/Lusa
23 Março 2021, 17h36

O presidente e deputado único do Chega, André Ventura, acusou o Governo de “brincar com as pessoas” devido à “falta de clareza” no processo de desconfinamento. Em declarações a jornalistas depois de ter falado por videoconferência com o Presidente da República, o líder partidário disse que António Costa “não conseguiu passar a mensagem ao país” apesar de todas as conferências de imprensa e quadros “a verde, laranja, vermelho e azul” que tem apresentado.

Entre as indicações que deixou a Marcelo Rebelo de Sousa, André Ventura insistiu na ideia de que o desconfinamento “não pode ficar só nas mãos dos epidemiologistas e especialistas em saúde pública”. Algo que garantiu nada ter a ver com uma questão de incompetência científica, mas sim porque “o país não aguenta muito mais tempo nestas circunstâncias”.

Tal como tem defendido, o líder do Chega defendeu que “o pior para o país é a incerteza”, enumerando sectores de atividade que ainda não sabem quando poderão voltar a reabrir portas e apontando que existe “um responsável que se chama António Costa”.

Sobre a reunião do Infarmed realizada na manhã desta terça-feira, Ventura destacou “dois dados preocupantes”. Não apenas o aumento do índice de transmissibilidade do SARS-CoV-2, mas também a percentagem das novas variantes do coronavírus nos casos de Covid-19 que estão a ser detetados, com os especialistas a admitirem que ultrapasse os 80%, num “cenário sem dúvida preocupante”.

Também não poupou críticas à ministra da Saúde, Marta Temido, que no final da sessão epidemiológica sublinhou que Portugal se encontra em contraciclo com o que se passa na Europa quanto à evolução da pandemia. “Como se podem vangloriar dos números se a única solução foi fechar tudo?”, inquiriu André Ventura, garantindo que “os negócios e as vidas das pessoas são sérios de mais” para que se brinque com eles.

 

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