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Chega e Iniciativa Liberal acusam Governo de “cegueira ideológica” e “incapacidade de lidar com a crise”

O vice-presidente do Chega acusou o Governo de “tirar férias” no verão, numa altura em que era necessário o planeamento para controlar a pandemia no país. Cotrim de Figueiredo considera que as reuniões com o Infarmed demonstraram, mais uma vez, “a incapacidade de lidar com a crise” por parte do Governo.
  • Manuel de Almeida/LUSA
12 Janeiro 2021, 16h39

Antes de tecer criticas quanto à falta de medidas para controlar a disseminação do vírus da Covid-19, o vice presidente do Chega criticou o mediatismo em torno da testagem ao Presidente da República, considerando que a notificação dos resultados irregulares dos testes à Covid-19 de Marcelo Rebelo de Sousa “descredibilizam a testagem”.

Quanto ao agravamento da pandemia, Nuno Manso afirmou que tendo já passado “um ano, continuamos praticamente à deriva”, acusando o Governo de “ir de férias” invés de “tomar uma atitude” e planear a chegada da segunda vaga que, na altura, já tinha conhecimento.

“A verdade é que temos doentes transportados um pouco por todo o país à procura de vagas. Tudo isto não é só pela incompetência do Governo, mas também pela cegueira ideológica que não permite que hajam acordos com os privados”, referiu.

Quanto à abertura das escolas, o representante do partido diz estar de acordo, sem deixar de referir os impactos na restauração, um setor que fez investimentos para contornar as novas medidas decretadas pelo Governo mas que ainda se vê sem apoios por parte do Estado.

Por sua vez, o deputado único do Iniciativa Liberal (IL), lamenta a capacidade de prever e de explicar números como os que foram hoje apresentados, referindo que na reunião com os especialistas do Infarmed não houve dados concretos sobre a mobilidade do Natal nem sobre a nova estirpe do coronavírus oriunda do Reino Unido.

“Uma surpresa que mostra a incapacidade de prever e explicar do Governo”, diz Cotrim de Figueiredo que fala de um “enorme custo económico e social” do novo confinamento.

O deputado da IL diz que “esta evolução da situação altera as condições e as alternativas dado a exaustão e o limite a que chegámos”.

Os motivos pelos quais “a Iniciativa Liberal sempre votou contra o estado emergência” mantém-se, diz Cotrim de Figueiredo: “a recusa da leviandade em limitar direitos e liberdades das pessoas, de passar cheques em branco ao governo com poderes excessivos que nunca são utilizados e de sancionar a falta de dados científicos com que as medidas têm sido tomadas”, concluiu.

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