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China coloca meta de 5% para o crescimento do PIB este ano

Em março o primeiro- ministro chinês divulgou o relatório de trabalho governamental, no qual revela que para além de ter a meta de crescer 5% no PIB este ano, o país asiático prevê ter um défice orçamental de 3% do PIB.
1 – China
1 Abril 2024, 16h30

A China colocou a meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em cerca de 5%, o que é mais ambicioso do que no ano passado. No entanto, o país asiático prevê ter um défice orçamental de 3% do PIB, segundo os dados do relatório de trabalho governamental apresentado pelo primeiro-ministro, Li Qiang, na Assembleia Popular Nacional da China.

Durante o mês de abril os olhares vão incidir no mercado chinês, uma vez que vão ser divulgados dados económicos importantes, que vão revelar como é que a economia do país recebeu as linhas traçadas durante a Assembleia Popular Nacional da China, que se realizou no mês de março.

Christoph Siepmann, economista sénior na Generali Asset Management, considera que o “primeiro-ministro reconheceu as dificuldades, acrescentando que era necessária uma postura fiscal proativa e uma política monetária prudente”.

Outras metas estabelecidas para este ano, fixam a inflação do IPC em 3%, visando criar 12 milhões de empregos e manter a taxa de desemprego nos 5,5%. No que toca ao sector imobiliário, foi dado o ênfase à neutralização de riscos, à promoção de um crescimento saudável a longo prazo, à disponibilização de mais habitação social e à resolução de propriedades inacabadas que preocupam os compradores de casa.

“Juntamente com os esforços para reforçar o financiamento dos promotores, isto deverá ajudar a mitigar as pressões descendentes. Contudo, não foram anunciadas medidas adicionais concretas para estabilizar o mercado imobiliário. A política da China procura gerir o necessário processo de contratação, mas não salvá-lo. Na nossa opinião continuam a ser prováveis medidas mais incrementais”, revela Siepmann.

Os decisores políticos apelaram para uma iniciativa de consumo, que visa substituir bens duradouros por outros mais novos e de alta qualidade. “Isto poderia sugerir que a China passasse de uma produção quase exclusivamente subsidiária para um consumo abrangente”, sublinha Siepmann. “No entanto, apesar de vir mencionada no relatório de trabalho governamental não é apoiada por medidas concretas, o que torna esta iniciativa incerta”, conclui o economista sénior na Generali Asset Management.

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