Comboios da CFM transportaram mais de sete milhões de moçambicanos em 2024

Os resultados operacionais da estatal Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) subiram 55% em 2024, para quase 2.522 milhões de meticais (34,7 milhões de euros), e mais de sete milhões de passageiros transportados, anunciou a administração.

De acordo com informação do presidente do conselho de administração do CFM, Agostinho Langa, consultada hoje pela Lusa, este desempenho contrasta com o resultado operacional de 1.631 milhões de meticais (22,5 milhões de euros) em 2023, balanço ainda provisório mas já considerado “positivo”, apesar de “constrangimentos” em 2024, nomeadamente os impactos de vários meses de agitação social pós-eleitoral.

Os resultados antes de impostos da CFM ultrapassaram no ano passado os 4.355 milhões de meticais (60 milhões de euros), metade dos 8.700 milhões de meticais (120 milhões de euros) previstos.

Em termos de investimentos programados para 2024, a empresa aplicou 7.612 milhões de meticais (105 milhões de euros), representando uma realização do plano em 95%, sendo que ferrovia operada pela CFM “consumiu” 68% do total, equivalente a 5.149 milhões de meticais (71 milhões de euros), nomeadamente “em projetos de reabilitação das linhas e aquisição de material circulante”, como vagões e locomotivas.

Garante na mesma informação que está em curso o processo de aquisição de 250 vagões para o transporte de minerais e de 15 locomotivas, três das quais serão recebidas ainda este mês.

Nas linhas operadas pela CFM, foram transportadas cerca de 12,9 milhões de toneladas líquidas, um aumento de 4% face a 2023, cumprindo 84% da meta estipulada, e 7,1 milhões de passageiros, um crescimento homólogo de 2%.

A área portuária da CFM registou “uma ligeira subida” em 2024, com a empresa a manusear 66,5 milhões de toneladas, contra 63,4 milhões de toneladas em 2023.

“Nos terminais sob gestão da CFM, foram manuseadas, durante o período em análise, cerca de 13,2 milhões de toneladas métricas, contra 12,3 milhões de toneladas manuseadas em 2023, o que representa um crescimento na ordem de 8%, comparativamente a 2023, e uma realização do plano em 96%”, acrescentou o presidente do conselho de administração.

Para agostinho Langa, estes resultados “são um balão de oxigénio” para a empresa, que tem “um papel central no desenvolvimento económico e social de Moçambique, servindo como elo vital entre os centros de produção nacionais e os mercados nacional, regional e internacional, assegurando a mobilidade de pessoas e bens”.