Os combustíveis fósseis estão a ser subsidiados a um ritmo de 13 milhões de dólares por minuto, diz o FMI. A notícia é avançada pelo “The Guardian” que detalha que o petróleo, o gás e o carvão beneficiaram de um apoio de 7 biliões de dólares em 2022, apesar de serem a principal causa da crise climática.
A base da notícia é uma análise do Fundo Monetário Internacional.
Os subsídios explícitos, que reduzem o preço dos combustíveis para os consumidores, duplicaram em 2022, uma vez que os países responderam ao aumento dos preços da energia resultante da guerra da Rússia na Ucrânia.
O “The Guardian” escreve que as famílias ricas beneficiaram muito mais destes subsídios do que as pobres, citando o FMI. Os subsídios implícitos representam 80% do total.
“Acabar com os subsídios deveria ser a peça central da ação climática”, segundo o FMI que defende que isso “colocaria o mundo no caminho certo para restringir o aquecimento global a menos de 2ºC, bem como para evitar 1,6 milhões de mortes por poluição atmosférica por ano e aumentar as receitas públicas em triliões de dólares”.
“Os investigadores reconheceram que a reforma dos subsídios era politicamente difícil, mas afirmaram que políticas cuidadosamente concebidas para apoiar as famílias mais pobres poderiam funcionar, especialmente se fossem coordenadas a nível internacional”, escreve o “The Guardian”.
A análise do FMI concluiu que o total de subsídios para o petróleo, o gás e o carvão em 2022 foi de 7 biliões de dólares (6,5 biliões de euros). O “The Guardian” diz que “este valor é equivalente a 7% do PIB mundial e quase o dobro do que o mundo gasta em educação”.
Há anos que os países se comprometeram a eliminar gradualmente os subsídios para garantir que o preço dos combustíveis fósseis reflicta os seus verdadeiros custos ambientais, mas até à data pouco conseguiram, segundo a notícia.
As conclusões do FMI surgem numa altura em que a crise climática causa estragos em todo o mundo, com ondas de calor, incêndios florestais e inundações nas Américas, na Europa e na Ásia.
A redução dos subsídios aos combustíveis fósseis “tem de ser a peça central dos esforços a desenvolver nos próximos anos para se conseguir limitar o aquecimento global a menos de 2ºC”, afirmou Ian Parry, do FMI. “Idealmente, isto seria feito através da fixação do preço do carbono e algumas das receitas das reformas deveriam ser utilizadas para compensar as famílias pobres e vulneráveis.
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