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Comércio de rua em Portugal vai continuar a ditar as suas regras em 2019

Segundo um relatório da consultora imobiliária Worx, o ‘WMARKET 2018’, o aumento do volume de negócios ‘online’ e a adaptação do comércio tradicional serão outras tendências dominadoras no setor do retalho nacional no presente ano.
  • Rafael Marchante/Reuters
22 Janeiro 2019, 18h45

O comércio de rua, em particular dinamizado pela abertura de restaurantes, vai continuar a ditar as suas regras em 2019. Segundo um relatório da consultora imobiliária Worx, o ‘WMARKET 2018’, o aumento do volume de negócios ‘online’ e a adaptação do comércio tradicional  serão outras tendências dominadoras no setor do retalho nacional no presente ano.

“O mercado de retalho em 2018 apresentou uma estagnação geral no que à criação de novos centros comerciais diz respeito. Sem qualquer projeto inaugurado em 2018, a área bruta locável (ABL) disponível é ainda assim 2,9 vezes superior à de 2001. Sem aposta na construção de novos ‘shoppings’, a estratégia tem passado pela renovação dos equipamentos e pela expansão dos já existentes (onde se destaca a expansão do maior centro comercial do norte, o Norte Shopping, em Matosinhos – Porto, contudo ainda não terminada)”, explica uma nota hoje divulgada pela Worx.

A consultora imobiliária considera que, “por um lado, a grande dinâmica de 2018 ocorreu no mercado do comércio de rua, que representou um total de 92,2% das aberturas em toda a área de Lisboa, com 6% das aberturas a decorrerem em centros comerciais já existentes, e 1,8% das aberturas alocadas em outros tipos de lojas (como serviços especializados em entregas ao domicílio, restaurantes em casinos, etc.)”.

“Por outro lado, do total de lojas abertas em Lisboa, 82,10% destinaram se a restaurantes, tendência que se deverá manter ao longo de 2019, com a abertura de lojas de roupa e acessórios a representar 7,10% do total de aberturas na cidade”, adianta a consultora imobiliária.

No entender dos especialistas da Worx, “a inovação tecnológica, o crescimento do volume de negócios ‘online’ e a complementaridade entre o tradicional e o cosmopolita são, de acordo com o relatório ‘WMARKET 2018’, as principais tendências no setor do retalho para 2019”.

Por fim, no que respeita ao valor das rendas praticadas, a Worx esclarece que a ‘prime rent’ (a renda mais cara) “dos centros comerciais fixou-se nos 100 euros, dos ‘retail parks’ em 10,50 euros e a do comércio de rua em Lisboa registou o valor de 130 euros, mais do dobro do valor praticado na cidade do Porto, 60 euros, valores ainda bastante distantes dos praticados na vizinha Espanha, onde a ‘prime rent’ de retalho fechou o ano no valor de 270 euros em Madrid e 275 euros em Barcelona”.

 

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