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Comissões de manutenção e horário dos balcões afastam portugueses da banca tradicional

Um estudo da instituição de pagamentos Nickel e da agência independente Data E conclui que 73% dos participantes planeiam, no futuro, aderir a instituições financeiras digitais.
15 Janeiro 2024, 12h20

Os portugueses estão cada vez mais insatisfeitos com a banca tradicional, nomeadamente com os custos de manutenção de conta cobrados e os horários das agências, de acordo com um estudo realizado pela instituição de pagamentos Nickel e a agência independente Data E. A maioria dos inquiridos planeia aderir a instituições financeiras digitais no futuro.

“Os resultados revelam que um número crescente de cidadãos portugueses procura alternativas inovadoras, como os bancos online, concluindo que 73% dos participantes planeiam, no futuro, aderir a instituições financeiras digitais”, indica o estudo divulgado esta segunda-feira.

Este estudo contou com a participação de 1.040 indivíduos de várias regiões do país, com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos.

Entre os motivos de insatisfação, “mais de metade dos inquiridos manifestou insatisfação com o horário bancário convencional e 77,9% consideraram vantajosa a realização de transações financeiras em lojas de comércio local, devido à sua localização conveniente e ao horário de funcionamento alargado”, indicam os resultados.

Além disso, entre os participantes que consideram mudar de banco (58%), 16% destes identificaram os custos de manutenção da conta como a principal motivação. “Esta tendência sublinha a crescente consciencialização dos consumidores para a importância de preços transparentes e o desejo de uma experiência bancária que corresponda às suas necessidades em constante evolução”, referem a Nickel e a agência independente Data E.

De acordo com o estudo, o “imediatismo da abertura de uma conta, a obtenção de um IBAN e a receção de um cartão de débito, com a conveniência de efetuar depósitos e levantamentos em lojas locais, foram destacados como fatores-chave que influenciam os clientes a procurar alternativas aos modelos bancários tradicionais”. Ainda assim, 37% dos inquiridos revelaram que não mudam de banco há mais de cinco anos.

“O sistema bancário tradicional é, desde há muito, um pilar da estabilidade financeira. No entanto, à medida que as preferências e expectativas dos consumidores evoluem, é crucial que os bancos se adaptem e satisfaçam as suas necessidades em constante mudança”, afirma João Guerra, CEO da Nickel Portugal, citado no comunicado, salientando que o “aumento da insatisfação entre os consumidores portugueses indica que existe uma clara procura por soluções mais inovadoras que proporcionem simplicidade e conveniência”.

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