O Commerzbank veio alertar o governo alemão que a potencial fusão com o italiano UniCredit pode ameaçar as empresas germânicas. Esta posição da gestão do Commerzbank mostra que o lado alemão está contra uma fusão, mesmo que esta seja de vários mil milhões de euros.
Consideram os executivos do banco alemão que uma união com os italianos pode prejudicar os empréstimos para pequenas e médias empresas, avança o “Financial Times” esta manhã. Uma união entre estes dois gigantes da banca significaria um dos maiores acordos internacionais da Europa desde a crise financeira de 2008.
Há duas semanas, o UniCredit anunciou uma participação de 9% no Commerzbank, o que apanhou os gestores e políticos alemães de surpresa. O banco italiano comprou ações do governo e do mercado, o que o tornou o segundo maior acionista do Commerzbank, apenas atrás do governo, que detém 12%.
No entanto, os italianos já revelaram a intenção de aumentar a sua participação. O UniCredit revelou mesmo que quer aumentar a participação acima dos 10%, e para isso irá procurar autorização dos reguladores.
O governo alemão admitiu não colocar mais ações do Commerzbank à venda “até novo aviso”, evidenciando que a estratégia mantém-se virada para a “independência”.
Sobre as acusações do Commerzbank em relação às ameaças para as médias empresas, o UniCredit diz ao “Financial Times” que estes argumentos deturpam o funcionamento interno do grupo italiano.
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