Em Portugal, muita coisa mudou no sistema de saúde português nos últimos 50 anos, ou seja, desde o ano de 1974. O Banco de Portugal destacou a evolução.
Quais as maiores mudanças?
Segundo o Banco de Portugal, “ao longo dos últimos 50 anos, houve um desenvolvimento notável do sistema de saúde: o acesso a cuidados generalizou-se e o país conseguiu atingir os padrões dos países mais desenvolvidos neste domínio”.
“Este resultado foi possível graças a cinco vezes mais profissionais, cinco vezes mais recursos públicos e privados, melhores hábitos, colocando um desafio permanente à gestão dos crescentes recursos dedicados à saúde”, sublinhou.
As melhorias surgiram quando?
Estas melhorias na saúde chegaram em 1979 com a criação do Serviço Nacional de Saúde. O Banco de Portugal referiu que “estas melhorias são indissociáveis da instituição, em 1979, do Serviço Nacional de Saúde, importante marco para o acesso generalizado a cuidados de saúde, deixando a condição económica e financeira das pessoas de constituir critério para o efeito”.
Como evoluiu o sistema de saúde privado?
“Adicionalmente, nos últimos 20 anos, a oferta privada de serviços de saúde ampliou-se”, disse o Banco de Portugal.
Como evoluiu a mortalidade infantil?
Em 1974, por cada 1000 nascimentos, 38 crianças não sobreviviam além dos primeiros anos de vida e a esperança média de vida à nascença situava-se nos 68,2 anos. Portugal tinha o pior desempenho entre os países da OCDE.
Agora, a taxa de mortalidade infantil é menos de um décimo da de 1974 (2,6 óbitos por cada 1000 nados vivos) e a esperança média de vida aumentou 14 anos e meio (para 82,6 anos). Portugal passou do último lugar, para valores superiores aos da média dos países mais desenvolvidos do mundo.
Como cresceu a despesa corrente com saúde em percentagem do PIB?
O Banco de Porugal frisou que “a despesa corrente com saúde em percentagem do PIB cresceu quase três vezes, atingindo valores particularmente elevados em 2020 e 2021, reflexo da resposta do Serviço Nacional de Saúde à pandemia de Covid-19”.
E os recursos humanos na saúde? Como evoluíram?
“O aumento significativo dos recursos humanos nas atividades de saúde esteve intimamente ligado à melhoria dos resultados. Em 1974, estas atividades (nomenclatura das Contas Nacionais) ocupavam 1,9% das pessoas empregadas e, em 2022, representavam 5,3% do total do emprego. O crescimento dos meios humanos terá sido ainda mais intenso nas duas profissões nucleares, médicos e enfermeiros. Por cada 100 mil habitantes, o número de médicos registados na Ordem dos Médicos aumentou praticamente cinco vezes e o de enfermeiros quatro vezes”, vincou o Banco de Portugal.
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