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“Contra Informação” vai regressar com novo nome e novas personagens. Vem aí “Ser do Contra”

O regresso do programa está nas mãos da produtora MauMauMia, estando ainda em conversações com os possíveis canais interessados. “Contra Informação” passará a designar-se “Ser do Contra”, com textos do argumentista e autor João Quadros. Paul Bach é o caricaturista.
10 Agosto 2020, 18h00

O programa de sátira política “Contra Informação”, que esteve ‘no ar’ entre 1996 e 2010, entre as programações da SIC e da RTP, vai regressar este ano. O programa passará a ter um novo nome – “Ser do Contra” – e terá novas personagens. A produção é da MauMauMia, com textos do argumentista e autor João Quadros, enquanto os desenhos dos bonecos são da autoria do caricaturista argentino Paulo Bach.

O regresso dos bonecos do ‘Contra’ foi revelado por João Quadros, em 28 de junho, numa emissão especial do “Como é Que o Bicho Mexe?”, série feita por vídeochamadas em direto do humorista e ator Bruno Nogueira através rede social Instagram. Quadros disse, então, que estava a trabalhar “no regresso do Contra”. Mas não deu seguimento ao tema durante a breve conversa que manteve com Bruno Nogueira.

O regresso do programa, que foi criado pela Mandala e que agora tem a chancela da MauMauMia, foi confirmado no final de julho. Em comunicado, então citado pelo site Infocul, foi revelado que o regresso do “Contra Informação” estava em preparação, passando o programa a designar-se “Ser do Contra”.

O mesmo comunicado afiançava que o novo programa contará com grande parte da equipa de manipuladores de vozes que fez parte do “Contra Informação”. A nota garantia também que o novo programa vai ser “mais mordaz, mais disruptivo e mais acutilante” e revelava que “Marselfie, Antonio Tosta, Mário Semtempo, Marta Tremido, Carlos Gasta, Joe São Bernardo, Rico Salgado e o Corona, são alguns dos protagonistas da nova sátira política e social que vai animar o serão dos portugueses nos próximos meses”.

A produtora estará, ainda, em conversações com as televisões e, por isso, ainda não há detalhes sobre quando e onde o “Ser do Contra” vai para ‘o ar’.

Nesta madrugada de sábado para domingo, 9 de agosto, pouco depois das 02h00, João Quadros partilhou na sua conta de Twitter dois breves excertos de sketches do “Ser do Contra”. Contudo, os dois trechos apenas estiveram disponíveis durante algumas horas.  “Vou apagar e mais não posso revelar “, escreveu o autor e argumentista.

No primeiro vídeo partilhado, podia vêr-se o cantor Toy a cantar uma letra adaptada da música “Coração Não Tem Idade” juntamente com os bonecos alusivos ao primeiro-ministro António Costa e ao Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa. Embora este excerto tenha sido eliminado, João Quadros já tinha revelado um vídeo sobre a produção do sketch que conta com a participação de Toy, no dia 20 de julho.

Minutos depois, Quadro partilhou um novo vídeo. No segundo trecho via-se quatro bonecos caricaturais aproximarem-se da fachada da Assembleia da República, revelando-se depois um curto genérico adaptado da famosa série espanhola da Netflix “La Casa de Papel”, surgindo a expressão “La Casa Sem Papel”.

O “Ser do Contra” prepara-se, assim, para suceder ao famoso “Contra Informação” como programa de sátira política e social e de caricatura, sobretudo, de figuras políticas portuguesas.

O “Contra Informação” foi exibido entre 1996 e 2010, na RTP, com produção da Mandala. Mas, antes, a mesma equipa de produção já tinha criado as séries de sátira política e social “Jornalouco”, “Desculpem Qualquer Coisinha e “Cara Chapada”, exibidas pela SIC entre 1992 e 1993. Depois de sair da grelha da RTP, as marionetas da Mandala voltaram à SIC e, entre 2013 e 2015, a SIC Notícias, SIC Internacional e SIC Radical exibiram “Contra Poder”.

Todos estes programas tiveram inspiraram-se no histórico “Spitting Image”, programa de sátira da britânica ITV  que esteve ‘no ar’ entre 1986 e 1996 e que ficou associado à crítica política dos governos de Margarethe Tatcher.  Ora, “Spitting Image” também vai regressar. O regresso do programa que também influenciou o francês “Guignols de l’info” do Canal+, está a ser preparado para ser transmitido num serviço de streaming por subscrição, no Reino Unido.

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