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Conversas entre Moscovo e Washington divulgadas? Putin não se importa

“A minha vida anterior ensinou-me que qualquer uma das minhas conversas podiam ser publicadas”, afirmou o presidente russo com tranquilidade.
2 Outubro 2019, 19h57

O presidente russo, Vladimir Putin admitiu que não se oporia à divulgação de chamadas telefónicas com Donald Trump, caso essa possibilidade estivesse em cima da mesa. De acordo com a notícia avançada pela Reuters, esta quarta-feira, o chefe de Estado russo não tem receio de ter as suas chamadas publicadas dado ter sempre assumido que isso poderia vir acontecer por causa do seu cargo político.

“A minha vida anterior ensinou-me que qualquer uma das minhas conversas podiam ser publicadas”, disse Putin, referindo-se ao seu passado no serviço de inteligência da Rússia, segundo o site de notícias russo Sputnik.

As declarações chegam como resposta à investigação que decorre no processo de ‘impeachment’ de Donald Trump. O Congresso norte-americano está determinado em ter acesso às chamadas entre Trump e Putin e entre outros líderes mundiais.

O presidente do Comité de Inteligência da Câmara de Representantes afirmou, no domingo, que acredita que o presidente republicano possa estar a comprometer a segurança nacional e que mais membros da administração possam estar envolvidos na polémica.

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Um porta-voz do Kremlin havia dito na semana passada que a Rússia esperava que os EUA nunca divulgasses conversas privadas entre o seu líder e Trump, na sequência da investigação que divulgou as transcrições da conversa entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. “Gostaríamos de esperar que isso não aconteça na nossa relação, que já não é muito boa devido a outros problemas” afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, na semana passada. “Os temas de conversa entre os chefes de estado são, normalmente, classificados como práticas internacionais normais”, acrescentou.

 

 

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