Um conflito militar regional com a Coreia do Norte afetaria gravemente os mercados globais de petróleo. De acordo com a CNBC, que cita a consultora Wood Mackenzie, “um conflito regional poderia mesmo interromper o fluxo de importações de petróleo da Coreia do Sul, Japão e China, que juntos representam 34% do comércio global marítimo de petróleo “.
A análise da consultora de energia nota, ainda, que se as tensões entre a Coreia do Norte e os vizinhos subirem de tom, ao ponto de se transformarem num conflito, a China será um dos países mais afetados, e ficará com mais de metade da produção de petróleo em risco.
É importante referir que Pequim é um dos maiores importadores de petróleo do mundo, e um fornecedor por excelência, e quase exclusivo, da Coreia do Norte.
A consultora antevê, que numa situação limite, a China poderia usar – pela primeira vez as reservas de petróleo estratégicas, que acumulou e aumentou exponencialmente no tempo dos preços baixos, com o crude abaixo dos 50 dólares o barril.
O país não divulga dados concretos sobre a dimensão das reservas, mas um relatório do JPMorgan Chase, deste ano, aponta para reservas de, pelo menos, 400 milhões de barris, o que inclui a China na lista dos 5 países com maiores reservas estratégicas de petróleo, o que daria para responder às necessidades durante um tempo.
Ou seja, a China tem algumas soluções de produção de petróleo, internas, mas mesmo essas seriam afectadas em 58%, em caso de conflito. Para entender melhor este enredo, basta pensar que, como clarifica a consultora, 1,5 dos 3,95 milhões de barris de petróleo da China, tem origem na bacia do Norte da China, com o campo mais próximo localizado a 200 quilómetros da fronteira norte-coreana. E outros 800 mil barris são produzidos a cerca de 400 quilómetros da fronteira da Coreia do Norte.
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