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El Corte Inglés pode estar a caminho do mercado de capitais

O investidor catari Hamad bin Jassim bin Jaber Al Thani, acionista do grupo espanhol, pediu a contratação de dois bancos de investimento para analisar o processo.
17 Setembro 2019, 10h55

O xeque do Qatar, Hamad bin Jassim bin Jaber al Thani, que controla 10% do grupo espanhol El Corte Inglés, solicitou por carta que fossem contratados dois bancos de investimento que possam analisar a eventualidade da abertura do capital em Bolsa, revela o jornal ‘El Confidencial’.

Especificamente,  Al Thani pede que dois bancos de investimento sejam contratados para analisar a situação interna do El Corte Inglés, avaliar a possibilidade da abertura do capital ao público e, em caso afirmativo, que avaliação seria o ponto de partida.

A cadeia retalhista espanhola conta com das lojas em Portugal: Lisboa e Vila Nova de Gaia.

Esta petição é um direito da Al Thani incluído no contrato assinado em 2015, pelo qual o investidor emprestou ao grupo mil milhões de euros convertíveis em ações. O acordo especifica que o financiador poderia reivindicar a recuperação dos seus créditos por meio de um IPO da empresa a partir do quinto ano, que é cumprido em 2020.

A decisão do sheik surge apenas alguns meses após a nomeação de Marta Álvarez – que, com a sua irmã Cristina, controla 14% da capital – para a presidência, o que pode indicar que o ambiente entre as duas partes não é o melhor: segundo a imprensa, as duas irmãs nunca colocaram a hipótese de abrir o capital ao público.

O Corte Inglés encerrou seu último ano fiscal (a 28 de fevereiro de 2019) com lucros de 258,2 milhões de euros, 27,7% mais que no ano anterior, e receita de 15,783 milhões de euros (mais 1,1%), ao mesmo tempo que tem em marcha o plano de venda de ativos imobiliários para baixar a dívida líquida.

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