A Corticeira Amorim anunciou esta terça-feira que chegou a acordo para comprar, através da sua filial Amorim Cork, uma participação de 50% no grupo italiano Saci, por 48,66 milhões de euros. A empresa com sede em Ivrea, perto de Turim, produz arames para as cortiças das garrafas de espumante e champanhe e, até agora, era detida em partes iguais pela família Getto, de Itália, e pela família Perlich, da Alemanha.
Apesar da entrada do clã Amorim no capital social espera-se que o grupo Saci “mantenha a sua identidade e autonomia para que as suas marcas possam ser assim salvaguardadas”, de acordo com o comunicado enviado esta tarde à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Fundada em 1956, a Saci criou uma máquina para automatizar a produção de muselets com mais precisão. A Corticeira Amorim destaca que a Saci fechou o ano de 2020 com um volume de negócios consolidado de 70 milhões de euros e um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 10,5 milhões de euros. Os resultados de 2021 não foram divulgados.
“O grupo Saci [composto por 17 empresas] tem vindo a expandir continuamente a sua gama de produtos, que inclui também tampas e cordões de arame, vedantes para as indústrias do vinho e do champagne, oferecendo soluções individuais e eficientes para os seus clientes. O grupo também fornece apoio técnico às caves, que vai desde a consultoria à instalação dos seus sistemas de transporte e manuseamento, até aos sistemas de engarrafamento”, informa a corticeira cotada no PSI-20, no mesmo documento.
Apesar de Portugal não ser um dos mercados mais significativos para a Saci, o país figura no pódio das suas principais instalações industriais da Saci, a par com a Itália e a Alemanha.
As ações da Corticeira Amorim caíram 1,31%, para 10,56 euros, no fecho da sessão de hoje, em contraciclo com a bolsa de Lisboa.
Nos primeiros nove meses de 2021, a Corticeira Amorim teve lucros de 58 milhões de euros, o que representa um aumento homólogo de 19,6%, e as vendas fixaram-se em 637,1 milhões de euros até setembro de 2021, mais 11,5% do que em igual período do ano anterior. O EBITDA consolidado atingiu os 110,3 milhões, o que também significa uma subida – neste caso de 16,3% – em relação aos meses entre janeiro de novembro de 2020.
Já a dívida líquida ficou em 29,9 milhões de euros (menos 81 milhões de euros) por causa de uma “evolução muito favorável da geração de fluxos de caixa e da redução excecional das necessidades de fundo de maneio, o que é um decréscimo de 55 milhões de euros.
Notícia atualizada
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