O primeiro-ministro, António Costa assegurou que o Governo irá recorrer aos meios disponíveis para “assegurar tratamentos” de doentes covid e não covid.
As declarações de António Costa sucedem as da ministra da Saúde, Marta Temido que afirmou na segunda-feira que o Governo estava “a acionar todos os mecanismos” à sua disposição a nível internacional. Segundo apurou o Jornal Económico, Espanha é um dos países que está a ser equacionado para enviar doentes portugueses.
“Sem qualquer tipo de preconceito contra público ou social, nacional ou estrangeiro, nós não deixaremos de recorrer a qualquer meio que esteja disponível para assegurar o tratamento de quem quer que seja nas circunstâncias em que elas existirem, agora é preciso saber se elas existem”, disse o primeiro-ministro em entrevista à TVI24.
António Costa defende que: “A ideia que há um estrangeiro que é por onde é possível enviar doentes, convém ter alguma cautela”. “Os exemplos, que nós vamos vendo por esse mundo fora, é por exemplo o que nós temos com a relação com a Espanha. Temos um acordo transfronteiriço com a Espanha”. “Sobre as partes em Badajoz e nas zonas transfronteiriças com a Espanha temos essa relação”, completou.
“Agora, é diferente um país que tem a posição geográfica de Portugal que de um lado tem o atlântico e do outro lado tem a Espanha de um país que está no centro da europa e tem vários países com quem faz fronteira. Portanto, onde essa posição transfronteiriça é muito mais habitual e muito mais fácil”, sublinhou o governante.
Outra hipótese, além de Espanha seria a Alemanha, no entanto o país liderado pela chanceler Angela Merkel apenas consegue disponibilizar ventiladores, algo que António Costa acredita que Portugal não precisa.
Sobre a ajuda externa, o primeiro-ministro explicou que: “Primeiro era preciso saber em que estrangeiro era possível isso acontecer”. “Merkel, no princípio da semana manifestou-me a disponibilidade da Alemanha para apoiar”, referiu.
“Tudo aquilo que temos pedido, infelizmente, não há condições. Designadamente, disponibilizar médicos, disponibilizar enfermeiros”, disse António Costa sublinhando que “aquilo que a Alemanha tinha, até agora, eram condições de disponibilizar aquilo que nós neste momento não necessitamos, mais ventiladores”.
“Pusemos essa hipótese, por exemplo, se podiam acolher não digo doentes Covid, mas doentes de outras patologias cujo tratamento tem sido adiado e se é possível”, frisou António Costa sobre outra das possibilidades que a Alemanha não tem capacidade de acolher.
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