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Costa Silva anuncia pacote de 100 milhões de euros para investimento no sector do turismo

O ministro da Economia e do Mar indica que deste valor, 50 milhões estão ligados a uma linha de turismo para apoiar as empresas que apostem num turismo mais sustentável.
António Costa e Silva
27 Setembro 2023, 16h26

António Costa Silva anunciou um pacote de 100 milhões de euros de investimento para o sector do turismo em Portugal. O ministro da Economia e do Mar que substituiu o primeiro-ministro António Costa, na conferência do Dia Mundial do Turismo que decorre no Palácio de Congressos do Algarve esta quarta-feira, 27 de setembro, detalhou como vai ser distribuída esta verba.

“Deste pacote de 100 milhões de euros, 50 milhões estão ligados a uma linha de turismo mais sustentável para apoiar as empresas que apostem neste segmento, com garantia mútua, em crédito para apoiar investimentos na área da sustentabilidade ambiental (gestão da energia, gestão da água, gestão de resíduos, biodiversidade). Por cada projeto, o financiamento máximo será de 750 mil euros com um prazo de reembolso máximo de 15 anos, incluindo quatro anos de carência, sendo que 20% poderá ser convertido em fundo perdido se a empresa cumprir determinados objetivos relacionados com aspetos de sustentabilidade. Tudo isto já está alinhavado com o Banco de Fomento”, salientou.

Os restantes 50 milhões vão ser distribuídos através de uma linha de 30 milhões de euros na linha mais Algarve “desenhada para empresas que queiram requalificar a oferta turística no Algarve. A partilha do crédito é de 75% do Turismo de Portugal e 25% da banca. O prazo máximo de reembolso é de 15 anos, incluindo quatro anos de carência.

Por último, 20 milhões de euros através da ‘Call Turismo +Crescimento’ do Portugal Ventures para empresas que queiram desenvolver as suas atividades e estão com escassez de capitalização.

“O sector do turismo é um dos grandes motores da economia nacional e temos de o afirmar de forma consistente. Se havia dúvidas, em 2019 conseguiu atrair turistas de todo o mundo com receitas de 18,4 mil milhões de euros. Em 2022 o sector teve receitas de 22,1 mil milhões de euros, mais 15% do que em 2019, isto é a prova de que nada é impossível”, sublinhou Costa Silva.

Um sector que o ministro assume que depende muito de novas infraestruturas no país, nomeadamente o novo aeroporto que é debatido há mais de 50 anos. “Está provado que as conexões aéreas são vitais para a economia portuguesa. Esperemos que exista uma decisão, porque muitas vezes o pior de tudo é não decidir”, realçou.

António Costa Silva recordou que entre janeiro e julho o país atraiu 16,8 milhões de hóspedes, sendo que as receitas atingiram os 13,4 mil milhões de euros mais de 20% do que no mesmo período do ano passado. “O grande desafio é o que vamos fazer com o turismo no futuro e o modelo sustentável e responder ao que são os desígnios de quem viaja pelo mundo”, afirmou.

O investimento nas empresas é decisivo para o ministro da Economia e do Mar, que referiu estar a trabalhar com o Banco Português de Fomento, nas linhas de financiamento, na aplicação do fundo de capitalização e resiliência e na capacidade do Banco de Fomento em interagir e de fazer chegar o dinheiro às empresas.

“Nesta altura do fundo de capitalização e resiliência são cerca de 1.300 milhões de euros e já estão aprovados cerca de temos 530 milhões de euros e espero que até ao fim deste ano cerca de 230 milhões de euros sejam pagos às empresas”, afirmou Costa Silva.

António Costa Silva realçou também o papel da agenda que foi lançada sobre o turismo no interior que tem 200 milhões de euros dedicados ao seu desenvolvimento e de todo o sector do turismo. “As candidaturas já estão abertas e encontram-se em análise. Essas medidas são essenciais. Um dos grandes problemas que o país tem é a questão demográfica”, sublinhou.

Para o ministro da Economia e do Mar o grande desígnio é transformar o turismo nacional num dos mais sustentáveis do mundo, destacando que 80% da população está na faixa litoral onde se encontra 70% do PIB nacional.

“Temos que reconfigurar e repensar o nosso território e prepará-lo para o futuro. Não temos hoje nenhuma região do país em que o turismo não esteja a subir. Temos um investimento de 130 milhões de euros do PRR que é a agenda ‘Acelerar e transformar o Turismo’ que é dirigida pelo grupo Pestana”, salientou.

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