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Superliga europeia “tem de ser recusada sem nenhuma hesitação”, afirma António Costa

Primeiro-ministro afirma estar contra a proposta dos 12 dos principais clubes de Espanha, Inglaterra e Itália, que anunciaram a criação de uma competição de elite, concorrente da Liga dos Campeões, em oposição à UEFA.
19 Abril 2021, 20h48

O primeiro-ministro, António Costa, manifesta-se contra a proposta de uma superliga europeia de futebol, afirmando estar “ao lado das instituições desportivas nacionais e internacionais” que se recusaram a aceitar a competição.

“A proposta de uma competição de futebol no espaço Europeu organizada fora das instituições representativas do setor, nomeadamente as Ligas, as Federações e a @UEFA, tem de ser recusada sem nenhuma hesitação”, escreveu o chefe do Executivo, numa publicação no Twitter, esta segunda-feira à noite.

António Costa argumentou que “os princípios da solidariedade, da valorização do resultado desportivo e do mérito não podem estar à venda”, garantindo que como primeiro-ministro se coloca ao lado das instituições desportivas nacionais e internacionais que recusam de forma veemente, aceitar que tal competição aconteça”.

No sábado, 12 dos principais clubes de Espanha, Inglaterra e Itália anunciaram a criação de uma competição de elite, concorrente da Liga dos Campeões, em oposição à UEFA, às federações nacionais e a vários outros emblemas.

AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham “uniram-se na qualidade de clubes fundadores” da Superliga, indica o comunicado, acrescentando que a competição vai iniciar-se “o mais brevemente possível”.

Os promotores da Superliga adiantam que a prova será disputada por 20 clubes, pois, aos 15 fundadores – apesar de terem sido anunciados apenas 12 -, juntar-se-ão mais cinco clubes, qualificados anualmente, com base no desempenho da época anterior.

A época arrancará em agosto, com dois grupos de 10 equipas e os jogos, em casa e fora, serão realizados a meio da semana, mas todos os clubes participantes continuarão a disputar as respetivas ligas nacionais.

Os três primeiros classificados de cada grupo e os vencedores de um ‘play-off’ entre o quarto e o quinto posicionados disputarão os quartos de final, em duas mãos, seguindo-se a fase a eliminar até ao jogo decisivo, em terreno neutro.

O comunicado dos 12 clubes surgiu no mesmo dia em que a UEFA reafirmou que excluirá os clubes que integrem uma eventual Superliga europeia de futebol, e que tomará “todas as medidas necessárias, a nível judicial e desportivo” para inviabilizar a criação de um “projeto cínico”.

Na luta contra a pretensão de alguns dos mais poderosos clubes da Europa, a UEFA disse contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.

Em janeiro, a FIFA já tinha avisado, num comunicado conjunto com as confederações do futebol mundial, que impediria de participar nas suas competições qualquer clube ou jogador que integrasse uma eventual competição de elite, disputada por convite por alguns dos maiores clubes europeus.

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