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Novos casos de Covid-19 em Espanha afastam regresso às aulas presenciais, diz Governo

O número de casos diários em Espanha tem vindo a preocupar as autoridades sanitárias que começam a ponderar a ideia de adiar um regresso às aulas presencial. Para já, só a região de Valencia tem desenhado um plano de contingência e segurança para o próximo ano letivo.
20 Agosto 2020, 13h53

O ministro da Saúde espanhol descartou a possibilidade do regresso às aulas presenciais devido ao aumento de casos de Covid-19 no país. Esta quarta-feira, as autoridades sanitárias confirmaram mais de três mil novos diagnósticos positivos e contabilizaram mais 127 mortes. Só em Madrid, registaram-se 1.500 novos casos.

“Não considero para já um regresso [às aulas] a 100%”, cita o “El Economista” as declarações de Ruiz Escudero, esta quinta-feira.

A menos de um mês para o início da atividade escolar em Espanha, o Governo e as autoridades competentes ainda não foram capazes de desenhar um protocolo e medidas de segurança para que o próximo ano letivo decorra dentro da maior normalidade possível.

A 27 de agosto, as 17 regiões integrantes da Comunidade Autónoma Espanhola (CCAA, sigla em espanhol – Andaluzia, Aragão, Ilhas Baleares, Catalunha, Ilhas Canárias, Cantábria, Castela-Mancha, Castela e Leão, Madrid, Navarra, Valencia, Extremadura, Galiza, País Basco, Astúrias, Múrcia e Rioja.) vão-se reunir com os os ministérios competentes para preparar os próximos passos.

Entre as medidas recomendadas para retomar a educação presencial durante a pandemia, os professores e as autoridades concordam com a necessidade de desinfetar e ventilar os espaços, separar as vias de entrada e saída das escolas, escolher salas de aula maiores para garantir a separação entre carteiras, contratar mais professores, estabelecer diversos turnos de refeitório e aumentar os recursos tecnológicos da escola.

Porém, a Deco espanhola reuniu um conjunto de preocupações e dificuldades no que toca à execução dessas medidas, relembrando que, no ensino básico, 81% das turmas espanholas ultrapassam os 20 alunos. No caso dos centros de formação profissional, essa percentagem chega a 96%.

O secretário-geral da Federação Docente, Francisco García, considera urgente implementar os planos e aplicar “recursos” que garantam uma assistência presencial “segura”, algo que, como se detalhou, não existe senão na Comunidade Valenciana, “onde há um acordo entre toda a comunidade educacional para reduzir as proporções ”e adotar o formato semipresencial no ensino médio.

“O plano do resto das comunidades, de forma geral, é não haver um plano”, criticou Francisco García, que considera que se está a planear um regresso às aulas “como se nada tivesse acontecido”, algo que vai “atropelar o realidade “causada pela pandemia da Covid-19”.

 

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