Reforço da vacinação a profissionais de saúde “com perfume de amadorismo”, diz sindicato

A vacinação dos profissionais de saúde com a terceira dose da vacina contra a Covid-19 teve início nesta segunda-feira, 15 de novembro. Mas Sindicato Independente dos Médicos (SIM) alerta que “a maioria dos médicos desconhece quando, onde e como será vacinado…”. Uma denúncia que surge, diz, após um rápido inquérito efetuado junto de algumas instituições hospitalares e agrupamentos de centros de saúde de Norte a Sul, regista “preocupação com o aparente amadorismo e falta de planeamento que parece reinar”.

“O SIM saúda a boa nova mas tem de manifestar, a ter em conta o rápido inquérito efetuado junto de algumas instituições hospitalares e agrupamentos de centros de saúde de Norte a Sul,  a sua preocupação com o aparente amadorismo e falta de planeamento que parece reinar…”, avança hoje o sindicato

“Após insistentes alertas e apelos, foi anunciado pelo Sr. Secretario de Estado Adjunto da Saúde, Dr. Lacerda Sales, que o reforço da vacinação covid com a administração da 3ª dose aos profissionais de saúde começaria hoje dia 15 de novembro”, avança o SIM, criticando o planeamento desta ação junto dos profissionais de saúde.

Ainda assim, o SIM aplaude a medida após os recentes apelos ao Governo para administrar a terceira dose da vacina aos profissionais de saúde, lembrando que foram dos primeiros a ser vacinados no final de dezembro de 2020 e em janeiro deste ano.

O secretário de Estado da Saúde anunciou na quinta-feira passada que as vacinas destinadas aos profissionais de saúde já estavam a ser distribuídas pelas instituições de saúde do país com vista ao início nesta segunda-feira, 15 de novembro, da vacinação destes profissionais com a terceira dose da vacina contra a Covid-19.

A vacinação dos profissionais de saúde com a terceira dose da vacina contra a covid-19 teve início nesta segunda-feira, de acordo com o anúncio de quinta-feira passada do secretário de Estado Adjunto e da Saúde. Segundo António Lacerda Sales, as vacinas estão a ser distribuídas esta quinta-feira pelas instituições de saúde do país.

“A partir do próximo dia 15 vão começar a ser administradas as vacinas aos profissionais de saúde”, anunciou a 11 de novembro o governante à margem da cerimónia do 100.º aniversário da descoberta da Insulina, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, onde anunciou que País devia atingir 500 mil doses de reforço administradas até ao fim-de-semana.

Os sindicatos médicos e a Ordem dos Médicos já tinham apelado ao Governo para administrar a terceira dose da vacina aos profissionais de saúde, lembrando que foram dos primeiros a ser vacinados no final de dezembro de 2020 e em janeiro deste ano, aquando da primeira fase de vacinação.

Ainda na semana passada, o SIM reiterou o apelo para a necessidade, “imperiosa e urgente”, de proteger os profissionais de saúde em geral e os médicos em especial, alertando para o risco de um grave problema de saúde pública, porque estão na linha da frente a combater o vírus. Uma necessidade corroborada pela Ordem dos Médicos, numa altura em que se aproxima o Inverno e em que os casos de infeção respiratória estão em crescimento.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, já corroborou publicamente a necessidade de proteger os profissionais de saúde, tendo apelado a 3 de novembro para a urgência em agilizar a administração da terceira dose da vacina contra a Covid-19.

“Com as alterações na task-force e a devolução do processo ao Ministério da Saúde, temos assistido a alguns bloqueios no processo de vacinação que podem deitar a perder muito do que já se conseguiu”, alertou o bastonário da Ordem dos Médicos.

Miguel Guimarães reforçou no início do mês que “pelo risco de exposição que os médicos e outros profissionais de saúde têm, e numa altura em que já sabemos o impacto que a redução do acesso aos serviços de saúde tem nos cidadãos, é fundamental que a terceira dose da vacina contra a covid-19 possa ser administrada rapidamente aos profissionais de saúde. Não podemos ficar apenas no plano das intenções, tem de ser concretizado na prática e em tempo efetivo”.