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CP desmente dirigentes sindicais sobre processo de negociação e apela “ao bom senso”

“Esta manhã, alguns dirigentes sindicais afetos aos sindicatos que convocaram a greve de hoje têm prestado declarações à imprensa que não correspondem à verdade”, refere a empresa num comunicado emitido a meio da tarde do primeiro dia de greve da CP, que decorre até à meia noite de dia 24 de julho, quarta-feira. 
22 Julho 2024, 18h02

A CP – Comboios de Portugal desmentiu, esta tarde, alguns membros sindicais sobre a informação veiculada à comunicação social sobre o processo de negociação, acusando esses sindicatos de “prejudicarem os seus associados” ao rejeitarem o acordo e a subscrição do Regulamento de Carreiras.

Em comunicado, a empresa diz que “não aceita a acusação de que a proposta enviada posteriormente e acordada com os referidos sindicatos tenha sido diferente do previamente acordado” na reunião entre as partes que decorreu no sábado passado “com o intuito de chegar a um acordo relativo à revisão do Regulamento de Carreiras”.

As condições apresentadas pela empresa preveem, com efeitos a partir do primeiro dia de agosto, uma subida de 1,5% do salário e o aumento do subsídio de refeição diário para 9,20 euros.

“Em todas as reuniões, incluindo a do passado sábado, o Conselho de Administração da CP apresentou aos referidos sindicatos as mesmas condições de negociação que foram acordadas com os sindicatos dos maquinistas (SMAQ) e dos revisores (SFRCI)”, insiste a CP na nota emitida a meio da tarde do primeiro dia de greve da CP, que decorre até à meia noite de dia 24 de julho, recordando que aqueles aumentos “são adicionais aos aumentos salariais que a empresa já atribuiu a todos os trabalhadores no início do ano, na sequência de negociações igualmente realizadas com os sindicatos”.

“O que tem acontecido é que, cada vez que o Conselho de Administração da CP tenta satisfazer alguma das reivindicações destes sindicatos com o objetivo de alcançar a desconvocação da greve, estes sindicatos surgem com uma nova exigência de conteúdo pecuniário”, continua a empresa no mesmo comunicado, acusando “alguns dirigentes sindicais afetos aos sindicatos que convocaram a greve de hoje têm prestado declarações à imprensa que não correspondem à verdade”.

A empresa garante que o Conselho de Administração “esteve sempre disponível para reunir, ouvir e negociar com os sindicatos”, como as últimas reuniões tem demonstrado.

Sublinhando que a “CP trata todos os trabalhadores de forma justa e equitativa”, a empresa escreve que “não aceita negociar condições salariais distintas para os seus trabalhadores”.

“Ao recusarem chegar a acordo e subscreverem o acordo do Regulamento de Carreiras, estes sindicatos estão a prejudicar os seus associados, impedindo-os de receberem o referido aumento de 1,5% e o acréscimo do subsídio de refeição para 9,20 euros, tal como os restantes trabalhadores da empresa”, finaliza.

Na sequência da convocação da greve na CP, que foi anunciada no início deste mês pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), o Tribunal Arbitral decretou serviços mínimos de 20% para os comboios urbanos e regionais, estando excluídos os restantes serviços.
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