A CP – Comboios de Portugal desmentiu, esta tarde, alguns membros sindicais sobre a informação veiculada à comunicação social sobre o processo de negociação, acusando esses sindicatos de “prejudicarem os seus associados” ao rejeitarem o acordo e a subscrição do Regulamento de Carreiras.
Em comunicado, a empresa diz que “não aceita a acusação de que a proposta enviada posteriormente e acordada com os referidos sindicatos tenha sido diferente do previamente acordado” na reunião entre as partes que decorreu no sábado passado “com o intuito de chegar a um acordo relativo à revisão do Regulamento de Carreiras”.
As condições apresentadas pela empresa preveem, com efeitos a partir do primeiro dia de agosto, uma subida de 1,5% do salário e o aumento do subsídio de refeição diário para 9,20 euros.
“Em todas as reuniões, incluindo a do passado sábado, o Conselho de Administração da CP apresentou aos referidos sindicatos as mesmas condições de negociação que foram acordadas com os sindicatos dos maquinistas (SMAQ) e dos revisores (SFRCI)”, insiste a CP na nota emitida a meio da tarde do primeiro dia de greve da CP, que decorre até à meia noite de dia 24 de julho, recordando que aqueles aumentos “são adicionais aos aumentos salariais que a empresa já atribuiu a todos os trabalhadores no início do ano, na sequência de negociações igualmente realizadas com os sindicatos”.
“O que tem acontecido é que, cada vez que o Conselho de Administração da CP tenta satisfazer alguma das reivindicações destes sindicatos com o objetivo de alcançar a desconvocação da greve, estes sindicatos surgem com uma nova exigência de conteúdo pecuniário”, continua a empresa no mesmo comunicado, acusando “alguns dirigentes sindicais afetos aos sindicatos que convocaram a greve de hoje têm prestado declarações à imprensa que não correspondem à verdade”.
A empresa garante que o Conselho de Administração “esteve sempre disponível para reunir, ouvir e negociar com os sindicatos”, como as últimas reuniões tem demonstrado.
Sublinhando que a “CP trata todos os trabalhadores de forma justa e equitativa”, a empresa escreve que “não aceita negociar condições salariais distintas para os seus trabalhadores”.
“Ao recusarem chegar a acordo e subscreverem o acordo do Regulamento de Carreiras, estes sindicatos estão a prejudicar os seus associados, impedindo-os de receberem o referido aumento de 1,5% e o acréscimo do subsídio de refeição para 9,20 euros, tal como os restantes trabalhadores da empresa”, finaliza.
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