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CP “será ressarcida até ao último cêntimo” em caso de perdas, diz Pinto Luz

A CP deverá observar um aumento da procura pelo serviço abrangido pelo novo passe ferroviário verde. Em caso de perdas para a operadora, o Governo compromete-se a compensar a CP.
CP Pinto Luz
O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, após levantar o Passe Ferroviário Verde na bilheteira da CP e de partida, num comboio Intercidades, entre as estações de Santa Apolónia e Santarém, para assinalar o primeiro dia de entrada em vigor do novo título de transporte, em Lisboa, 21 de outubro de 2024. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
21 Outubro 2024, 13h14

O ministro das Infraestruturas e Habitação foi até Santarém no dia em que o Passe Ferroviário Verde entrou em vigor, mas antes alertou para a possibilidade de alguma “pressão” do lado da procura. O governante assumiu ainda que a CP será compensada caso existam perdas associadas à entrada em vigor desta medida.

Apesar de reconhecer um aumento da procura no imediato face à redução do preço das viagens de comboios, Miguel Pinto Luz admitiu que este é “um bom sinal” para o sector ferroviário nacional.

Perante as preocupações dos trabalhadores, que preveem uma perda de receita para a operadora ferroviária, Miguel Pinto Luz foi claro: a CP “será ressarcida até ao último cêntimo daquilo que hipoteticamente poderá vir a perder”.

Prontamente, o Governo de Luís Montenegro já tinha anunciado um apoio de cinco milhões de euros para este ano, com a entrada desta redução de preços agora em vigor, e de 19 milhões de euros para o próximo ano. Miguel Pinto Luz disse ainda que este passe ferroviário verde não iria comprometer as finanças da operadora e a sua sustentabilidade.

“As primeiras semanas serão de enorme pressão, mas será um melhor serviço para todos os portugueses”, apontou o responsável da tutela, em declarações aos jornalistas presentes em Santa Apolónia, de acordo com a “CNN Portugal”.

“As medidas foram modeladas ao longo dos últimos meses para garantir que temos a oferta necessária para a procura que vem”, apontou o ministro. Relembrar que a CP estima que a medida agora implementada abranja perto de 30 milhões de passageiros por ano, com o “Público” a revelar esta segunda-feira, que a venda do cartão CP+ (obrigatório para estas viagens) triplicou desde setembro em relação à média dos três meses anteriores.

Perante esta procura, Miguel Pinto Luz assegura que o Governo vai estar atento  e “trabalhar em medidas para mitigar” a pressão que possa vir a ser sentida. Por isso mesmo, lembrou o facto de ser essencial adquirir mais comboios, além das 22 novas automotoras que são entregues no próximo ano pela Stadler.

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