O UCI (Unión de Créditos Inmobiliarios) compilou os maiores mitos associados à contratação de crédito à habitação. Ora veja:
Não há nada mais importante do que o spread
Este indicador é apenas um dos custos do crédito habitação, pelo que é importante considerar outros de forma a ter uma noção mais abrangente de todos os custos envolvidos com a contratação deste tipo de crédito.
Quando estiver a comparar propostas de empréstimo de igual montante, prazo e modalidade de reembolso, tenha em conta os fatores MTIC – Montante Total Imputado ao Consumidor – e a TAEG -Taxa anual de encargos efetiva global.
De acordo com o estudo Casa_PT, realizado pela UCI em parceria com o Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa, 42,6% dos inquiridos considera o spread um dos indicadores mais decisivos.
Quanto maior for o prazo, melhor
Ao fazer as contas aos juros, é possível perceber que um prazo maior significa um custo maior do que se se optar por um prazo menor, dado que o período de pagamento dos juros é proporcional.
Pode-se dizer que, nesse sentido, maior não significa melhor, pelo que o ideal é encontrar o prazo mais curto possível.
É obrigatório ter conta no banco para contratar um crédito habitação
Pode contratar o crédito habitação com um Banco no qual não tenha conta, visto que já existem soluções que possibilitam que a prestação do crédito seja debitada da conta que já tem.
Contratar mais produtos bancários significa que vou poupar no futuro!
As reduções no spread conseguidas com a contratação de novos produtos não significam necessariamente uma poupança, sendo necessário perceber os custos associados a esses produtos e estar atento ao MTIC e a TAEG com e sem produtos.
52,9% dos inquiridos do estudo Casa_PT contrataram outros produtos bancários para melhorarem as condições de crédito habitação. Ainda que se verifique no final alguma poupança, ao concordar contratar produtos adicionais para redução do spread está a assumir um compromisso extra.
Ter um crédito habitação é comprometer a minha qualidade de vida
“O crédito habitação deve ser uma solução e não um problema, garantindo que quem o contrata mantém a sua qualidade de vida. Clientes e entidades devem ter em conta que a compra de casa deve ser um momento feliz e que, no dia a dia, deve sobrar dinheiro para que o comprador possa melhorar, manter ou comprometer o menos possível a sua qualidade de vida. E se uma proposta coloca isso em causa, então se calhar não é a opção certa. É por isso importante fazer uma pré-análise da sua situação financeira para perceber com os seus rendimentos e despesas até onde pode ir sendo responsável. Mais vale comprar uma casa que pode pagar, do que uma casa de sonho que só lhe trará problemas”, aconselha o UCI (Unión de Créditos Inmobiliarios).
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