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Crédito ao consumo cresce ao ritmo mais elevado desde março de 2020

O montante de empréstimos ao consumo cresceu 141 milhões de euros em julho, relativamente a junho, aumentando 6,6% em comparação com o mesmo período do ano passado. É o maior crescimento, em termos anuais, desde março de 2020.
28 Agosto 2024, 11h32

A procura por crédito ao consumo tem registado um aumento desde o início do ano, tendo crescido 6,6% em julho, em comparação com o mesmo período do ano passado. É o maior crescimento, em termos homólogos, desde março de 2020.

De acordo com dados do Banco de Portugal, divulgados esta quarta-feira, o montante total de empréstimos às famílias cresceu 1,6% em julho, face ao período homólogo.

Já o stock de empréstimos para habitação totalizou 99,8 mil milhões de euros, mais 148 milhões de euros do que em junho. Em termos homólogos, estes empréstimos apresentaram um crescimento de 0,5%, o maior crescimento anual desde maio de 2023.

Já o montante de crédito ao consumo cresceu 141 milhões de euros relativamente a junho, para 21,8 mil milhões de euros, aumentando 6,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. É o maior crescimento, em termos anuais, desde março de 2020, refere o regulador, notando que, desde o início do ano, “estes empréstimos têm apresentado uma trajetória de aceleração, contrariamente ao observado para o conjunto da área do euro a partir de maio de 2024”.

No caso das empresas, o stock de empréstimos alcançou os 72,9 mil milhões de euros no final de julho de 2024, mais 145 milhões do que no final de junho. Já em termos homólogos, cresceram 0,2%, sendo a primeira variação anual positiva desde dezembro de 2022.

As grandes empresas e as microempresas mantiveram uma taxa de variação anual positiva (0,9% e 6,3%, respetivamente), enquanto as pequenas e médias empresas continuaram a observar taxas negativas (-2,6% e -5,6%, respetivamente).

Os sectores das indústrias e eletricidade e do comércio, transportes e alojamento registaram, em julho, taxas de variação anual negativas, de -1,5% e -1,9%, respetivamente (-2,9% e -2,3% em junho). Pelo contrário, o sector da construção e atividades imobiliárias apresentou uma taxa de variação anual positiva, de 3,2% (2,9% em junho).

Depósitos das famílias crescem mais de 7%

No final de julho de 2024, o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes totalizava 189 mil milhões de euros, mais 2,3 mil milhões de euros do que em junho. Este aumento reparte-se entre responsabilidades à vista (1,1 mil milhões de euros) e depósitos a prazo (1,2 mil milhões de euros).

Os depósitos a prazo incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso, enquanto as responsabilidades à vista referem-se, quase na sua totalidade, aos depósitos à ordem.

“Devido a este aumento dos depósitos de particulares, a respetiva taxa de variação anual voltou a acelerar, fixando-se em 7,2%, mais 0,5 pontos percentuais do que em junho. Teríamos de recuar a maio de 2021 para observar uma taxa de variação anual superior”, conclui o Banco de Portugal.

Notícia atualizada às 11:42

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