O crescimento da atividade económica em Portugal voltou a desacelerar, em julho, pelo nono mês consecutivo, para o nível mais baixo em mais de um ano e meio, revelam os indicadores coincidentes do Banco de Portugal conhecidos esta sexta-feira, 24 de agosto.
No mês passado, o indicador do banco central que mede a taxa de variação homóloga da actividade económica desceu para 1,8, um nível que não era registado desde novembro de 2016.
“Em julho, o indicador coincidente mensal para a atividade económica manteve a trajetória descendente iniciada em outubro de 2017”, refere o Banco de Portugal.
Também o consumo privado segue no mesmo sentido. Está a abrandar desde julho do ano passado, quando a taxa se fixava em 2,6 para 1,6 em julho deste ano. Tal como a actividade económica, o crescimento do consumo privado desacelerou, em julho, pelo nono mês, neste caso para o nível mais baixo desde agosto de 2016.
Recorde-se que a economia portuguesa teve um crescimento de 0,5% em cadeia e de 2,3% em termos homólogos, o que revela uma ligeira aceleração face aos dados dos primeiros três meses do ano (em que houve um crescimento do PIB de 0,4% e 2,1%, respectivamente), de acordo com os dados divulgados a 14 de agosto pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os dados do PIB de Portugal do primeiro trimestre já haviam confirmado o “arrefecimento” da recuperação económica, com o crescimento a abrandar de 0,7%, no último trimestre de 2017, para 0,4% nos primeiros três meses deste ano. No segundo trimestre este crescimento em cadeia foi de 0,5%, ainda abaixo do crescimento registado no último trimestre do ano passado.
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