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Crise política sem impacto na economia. CIP e ISEG antecipam crescimento de 2,1% a 2,2% este ano

O barómetro de novembro da CIP – Confederação Empresarial de Portugal e do ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão admite que “a crise política desencadeada em 7 de novembro pode ter impacto negativo”, mas refere que “uma possível contração do consumo provocada pela quebra da confiança” não é, “para já, certa”.
22 Novembro 2023, 13h00

A economia portuguesa deverá crescer entre 2,1% e 2,2% em 2023, sem um eventual impacto da crise política, segundo o mais recente Barómetro da Conjuntura Económica da CIP e do ISEG, hoje divulgado.

O barómetro de novembro da CIP – Confederação Empresarial de Portugal e do ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão admite que “a crise política desencadeada em 07 de novembro pode ter impacto negativo”, mas refere que “uma possível contração do consumo provocada pela quebra da confiança” não é, “para já, certa”.

Depois de uma contração em cadeia do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,2% no terceiro trimestre deste ano, o Barómetro da Conjuntura Económica CIP/ISEG assume como “mais provável que a dinâmica económica até ao fim do ano se revele relativamente mais positiva, ainda que não seja suficiente para inverter a desaceleração em termos homólogos”.

“A sustentar uma evolução mais favorável estará um enquadramento mais positivo, designadamente a descida da inflação a libertar o consumo privado, o investimento a crescer ou sustentar-se com base no PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e a procura turística externa a crescer relativamente mais do que no terceiro trimestre”, destaca.

“Sem ter em conta o eventual impacto da crise política, os valores mais prováveis para o crescimento anual em 2023 estão em 2,1% ou 2,2%”, antecipam a CIP e o ISEG.

Citado num comunicado, o presidente da CIP afirma que “a queda da inflação está a ajudar a reduzir o impacto da travagem económica em curso, já que ajuda as famílias e as empresas no dia-a-dia”.

Armindo Monteiro avisa, contudo, que “os ventos contrários mantêm-se prevalecentes”, acrescendo-lhes agora “o contributo da indefinição política” que o país atravessa e que “se manterá durante longos meses”.

“Os empresários e os gestores enfrentam um período de enorme incerteza nacional e internacional que, infelizmente, não será contrariada pelo Orçamento do Estado para 2024, que abdicou de intervir positivamente na economia. Este OE deveria estimular o investimento privado e incentivar a recapitalização das empresas, o caminho mais seguro para proteger o emprego”, sustenta o dirigente empresarial.

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