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Cristiano Ronaldo foi ouvido na PJ no âmbito da investigação ao hacker Rui Pinto

Cristiano Ronaldo esteve na sede da Judiciária, em Lisboa, para prestar declarações enquanto testemunha. Rui Pinto terá acedido ao acordo entre o jogador e Kathryn Mayorga.
6 Julho 2019, 14h47

Cristiano Ronaldo esteve, no ínicio de mês de junho, na sede da Judiciária, em Lisboa, para prestar declarações enquanto testemunha. Rui Pinto terá acedido ao acordo entre o jogador e Kathryn Mayorga.

A notícia  avançada pelo Diário de Notícias, esta sábado, informa que o português foi ouvido na qualidade de testemunha, enquanto vítima da pirataria informática de Rui Pinto.

Um dos documentos a que Rui Pinto terá acedido e, depois, revelado através da plataforma Football Leaks foi o acordo celebrado entre Cristiano Ronaldo e Kathryn Mayorga, em que a norte-americana (que acusa o jogador português de violação) estava obrigada a manter-se em silêncio sobre os alegados acontecimentos em Las Vegas, a troco de quase 325 mil euros.

“O hacker tentou vender a informação, e um meio de comunicação acabou irresponsavelmente por publicar alguns dos documentos roubados, partes significativas dos quais foram alteradas e/ou completamente fabricadas”, cita o DN as declarações de um dos advogados do futebolista.

Outros documentos relacionados com a atividade do atual jogador da Juventus foram também divulgados pela revista alemã Der Spiegel, que integra o consórcio de jornalismo EIC (European Investigative Collaborations), o qual investiga as denúncias da Football Leak. É o caso da famosa fuga ao fisco espanhol, que obrigou Ronaldo a ter de pagar 18,8 milhões de euros, além de ficar sujeito a uma pena suspensa de dois anos de prisão, antes de trocar o Real de Madrid pelo clube italiano.

O hacker, detido desde março, está a ser investigado por alegados crimes de tentativa de extorsão, acesso ilegítimo, violação de segredo e ofensa à pessoa coletiva, por ter acedido aos sistemas informáticos do fundo Doyen Sports — foi essa a queixa que motivou o mandado de detenção que acabaria por trazê-lo da Hungria para Portugal —, mas também terá acedido aos sistemas de clubes de futebol portugueses e internacionais, de advogados e até de jogadores.

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