CTT com lucros de 35,5 milhões até setembro a subirem 25,5%

Os CTT – Correios de Portugal viram os lucros subirem nos nove meses 25,5% face ao período homólogo do ano anterior, para 35,5 milhões de euros.

No terceiro trimestre somaram 9,5 milhões de euros, o que traduz uma queda de 31% face ao trimestre homólogo de 2022.

A empresa liderada por João Bento, diz que os rendimentos operacionais atingiram 715,4 milhões de euros nos nove meses, mais 52,6 milhões (+7,9%) do que um ano antes, refletindo o crescimento de todas as áreas de negócio exceto do Correio e Outros.

Os rendimentos operacionais de Correio e Outros atingiram 323,0 milhões (-6,5% do que no período homólogo de 2022). “Este decréscimo continua a ser influenciado por dois efeitos registados no 1º trimestre do ano passado: a receita do projeto de venda de computadores (21,5 milhões de euros) das soluções empresariais e, a receita adicional do correio internacional de saída em fevereiro de 2022, devido à repetição das eleições legislativas no círculo da Europa (3,5 milhões).

O tráfego de correio endereçado teve um decréscimo de 8,0%  nos trÊs primeiros trimestres do ano. Excluindo o tráfego extraordinário no correio internacional de saída no mês de fevereiro de 2022, devido à repetição das eleições legislativas no círculo da Europa, esse decréscimo teria sido de 7,8%, revela a empresa.

A atividade de Expresso e Encomendas  subiu 22,2% para 41,7 milhões de euros.

Os rendimentos operacionais de Expresso e Encomendas atingiram 229,5 milhões até setembro (+41,7 milhões de euros, o que traduz uma subida de 22,2%«), tendo alcançando novamente no 3º trimestre um crescimento a dois dígitos de 35,5%.

Os rendimentos em Portugal registaram 106,2 milhões (+12,6%) e o tráfego totalizou 27,8 milhões de objetos (+18,9%).

A atividade CEP teve rendimentos de 96,4 milhões nos 9 meses (+14,4%), com um aumento do tráfego por dia útil de +19,3%.

Os rendimentos operacionais do Banco CTT atingiram 108,1 milhões nos nove meses (+20,1% num ano) ancorado no crescimento da sua carteira de crédito ao consumo (auto) e habitação e beneficiando da evolução favorável das taxas de juro.

Já os Serviços Financeiros e Retalho cresceram 38,6%, devido ao contributo dos títulos de dívida pública, em especial dos certificados de aforro, apesar de se ter registado uma queda na procura a partir de junho em virtude das alterações verificadas nas características
deste produto.

A entrada da nova série a partir de 5 de junho e a alteração das respetivas condições de comercialização, com taxas de juro máximas mais baixas, o aumento do prazo de subscrição e a diminuição do montante máximo que pode ser aplicado, conduziu a que os rendimentos operacionais dos Serviços Financeiros e Retalho registassem uma queda de 6,9 milhões no 3º trimestre face ao período homólogo.

Os títulos da dívida pública (certificados de aforro e certificados do tesouro poupança crescimento) apresentaram rendimentos de 40,7 milhões nos nove meses (+106,1% face ao período homólogo).

O EBIT dos CTT recorrente atingiu 68,1 milhões (+75,6%), com uma margem de 9,5% (5,8% um ano antes), “crescendo em todas as áreas de negócio”.

Por fim o cash flow operacional situou-se em 76,2 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 29,2%.