O Dalai Lama lidera um apelo de 101 vencedores do Prémio Nobel aos líderes mundiais para que se acabe com a exploração de combustíveis fósseis, nomeadamente o petróleo, gás e carvão. O pedido é feito numa carta aberta divulgada esta quarta-feira, a véspera de mais um Dia da Terra, que este ano contará com uma cimeira virtual sobre o clima organizada pelo presidente Biden.
O documento refere que o uso destes combustíveis é “de longe o maior contributo para as alterações climáticas”, pelo que os seus signatários urgem os líderes globais a “evitar uma catástrofe” ao acabar com o uso dos mesmos.
“Há já demasiado tempo que os governos têm ficado chocantemente para trás no cumprimento do que a ciência pede e do um movimento popular crescente e poderoso já sabe: é precisa uma ação urgente para travar a expansão da produção de combustíveis fósseis, eliminar a atual produção aos poucos e investir em energias renováveis”, pode-se ler na carta aberta.
O apelo relembra ainda os objetivos traçados no Acordo de Paris, que visa limitar o aumento da temperatura média do planeta até um máximo de 1,5ºC, de forma a conter os efeitos das alterações climáticas. Reforçando a importância de cumprir tal meta, a carta ressalva que não existe qualquer menção no Acordo aos combustíveis fósseis, o que poderá minar o projeto, especialmente considerando a projeção das Nações Unidas de que “mais 120% de petróleo, gás natural e cavão serão produzidos até 2030 do que [o nível] consistente com limitar um aumento de temperatura a 1,5ºC”.
A carta é assinada por vários laureados de renome além do Dalai Lama, dos quais se destacam Juan Manuel Santos, antigo presidente da Colômbia e Nobel da Paz em 2016, José Ramos-Horta, antigo presidente de Timor-Leste e Nobel da Paz em 1996, e o seu colaureado, o bispo Carlos Ximenes Belo, bem como antigos distinguidos de todas as áreas premiadas pela Academia sueca.
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