A Morningstar DBRS atualizou o rating de emitente de longo prazo do BCP para BBB (high), e a tendência é estável.
“A DBRS Ratings GmbH (DBRS Morningstar) melhorou as notações de risco do Banco Comercial Português, incluindo o Rating de Emitente de Longo Prazo para BBB (high) de BBB e o Rating de Emitente de Curto Prazo para R-1 (low) de R-2 (high). Os ratings de Depósito do Banco foram elevados para A (low)/R-1 (low), um nível acima da Avaliação Intrínseca (IA), reflectindo o quadro legal em vigor em Portugal que dá total preferência ao depositante em processos de insolvência e resolução bancária”, lê-se no comunicado da DBRS.
Ao mesmo tempo, a Avaliação de Suporte SA3 permanece inalterada.
A tendência das classificações de crédito é Estável. O que, diz a DBRS, “reflecte a nossa opinião de que os riscos para as perspectivas estão equilibrados. As provisões do BCP permanecerão provavelmente elevadas, reflectindo as suas exposições jurídicas e financeiras associadas a hipotecas herdadas denominadas em francos suíços na sua subsidiária polaca”.
“Posto isto, as provisões globais diminuíram e esperamos que este risco diminua gradualmente”, acrescenta.
A DBRS diz que, além disso, “a tendência reflecte a nossa expectativa de que o BCP manterá níveis de rendibilidade saudáveis e reservas de capital sólidas”.
Os ratings do BCP subiriam se o banco fosse capaz de manter a rendibilidade e a qualidade dos activos nas suas operações nacionais e internacionais, nomeadamente na Polónia, mantendo ao mesmo tempo fortes níveis de capital.
Pelo contrário, os ratings seriam reduzidos se se verificasse uma deterioração significativa do perfil de risco e/ou da rendibilidade do BCP que pudesse resultar em reservas de capital mais baixas.
Com activos totais de 100 mil milhões de euros, o BCP é o maior grupo bancário do sector privado em Portugal, onde mantém sólidas quotas de mercado tanto em empréstimos como em depósitos. Fora de Portugal, o banco tem uma presença significativa na Polónia e, em menor medida, em Moçambique e Angola.
O total das atividades internacionais representava cerca de 35% dos ativos consolidados do Grupo em junho de 2024.
As operações na Polónia (Bank Millennium) “tiveram um efeito de diversificação positivo para o Grupo, especialmente durante as crises anteriores, quando o desempenho das suas operações portuguesas foi onerado com elevados níveis de empréstimos problemáticos”, diz a agência de rating.
Embora o lucro bruto do Bank Millennium tenha beneficiado do ambiente de taxas de juro mais elevadas, o seu desempenho continua a ser afetado pelos custos de provisionamento de empréstimos hipotecários em francos suíços e pelas moratórias hipotecárias para as famílias na Polónia.
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