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Decisão “unilateral” de aumentar quotas de música portuguesa nas rádios “em nada favorece” rádios ou artistas, aponta associação

Para a ARIC, a medida é incompreensível por limitar as liberdades das rádios e poderá mesmo agravar a sua situação financeira, dado que muitos ouvintes poderão migrar para plataformas digitais onde não existem estas limitações.
15 Janeiro 2021, 19h57

A Associação de Rádios de Inspiração Cristã (ARIC) diz-se desagradada e em desacordo com a decisão “unilateral” do Ministério da Cultura de aumentar as quotas de passagem de música portuguesa nestes meios de comunicação, conforme se pode ler num comunicado da associação desta sexta-feira.

Lembrando que esta quota se encontrava em negociação com o ministério, a associação mostra-se convicta que esta decisão “em nada favorece nenhum dos agentes do sector da música”, falando mesmo numa “privação de liberdade” que poderá levar mesmo à migração de muitos atuais ouvintes de rádio para “plataformas digitais internacionais onde o governo nada pode impor”.

“As rádios sempre estiveram ao lado dos artistas e as rádios vão estar sempre na primeira fila daqueles que pretendem o melhor para a música portuguesa, ou seja, dos músicos”, pode-se ler no comunicado da ARIC.

A ARIC lamenta ainda a falta de medidas anunciadas pelo ministério da Cultura e pelo Governo em geral para os meios de comunicação social e, em particular, das rádios. Para a associação, o sector, em vez de apoiado, recebe do executivo maiores dificuldades e limitações à sua liberdade.

“A migração de ouvintes para as grandes plataformas digitais internacionais vai agravar ainda mais a situação e comprometer o futuro do principal meio de divulgação da voz dos artistas portugueses”, argumenta, recordando que a crise pandémica não agrava apenas a situação financeira dos artistas, mas também das rádios.

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