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Decreto de Passos Coelho permite ao Estado vetar venda do MEO a sauditas

Tal como aconteceu com a venda de parte do capital da Telefónica em Espanha, a Saudi Telecom será (tal como o JE também avançou) um dos interessados à compra da dona do MEO. No entanto, o Estado tem uma ferramenta legal que lhe permite vetar este processo e que foi criada no Governo de Pedro Passos Coelho.
15 Dezembro 2023, 08h20

Está em curso o processo de venda da Altice Portugal mas até agora, a falta de propostas que sejam consideradas interessantes para a transação da dona do MEO poderá fazer com que a Altice Internacional mude o cariz de negócio e avançar para a venda dos 50,01% da rede de fibra óptica que ainda detém, de acordo com o que foi possível apurar pelo JE na edição desta sexta-feira que está disponível nas bancas e na plataforma digital JE Leitor.

Tal como aconteceu com a venda de parte do capital da Telefónica em Espanha, a Saudi Telecom será (tal como o JE também avançou) um dos interessados à compra da dona do MEO. No entanto, o Estado tem uma ferramenta legal que lhe permite vetar este processo e que foi criada no Governo de Pedro Passos Coelho.

Explica o JE que este decreto estabelece um regime de salvaguarda de ativos estratégicos considerados “essenciais para garantir a defesa e a segurança nacional e o aprovisionamento do País em serviços fundamentais para o interesse nacional, nas áreas da energia, dos transportes e comunicações”.

A Bloomberg avançou no início desta semana que a Saudi Telecom está entre os pretendentes que disputam a Altice Portugal. Recorde-se que a principal empresa de telecomunicações da Arábia Saudita, a Saudi Telecom (STC), comprou, em setembro, 9,9% do capital da Telefónica, tornando-se a maior acionista da companhia espanhola. Ainda na Europa, comprou a empresa de torres móveis United Group que opera na Bulgária, Croácia e Eslovénia.

Segundo a agência noticiosa, outras companhias e alguns fundos de private equity têm estado a avaliar o negócio, que opera sob a marca MEO, e poderão ainda apresentar propostas iniciais (não vinculativas) antes do Natal, disse uma das fontes contactadas pela Bloomberg.

Os potenciais proponentes poderão avaliar a Altice Portugal em cerca de 7 mil milhões de euros  a 9,5 mil milhões de euros, segundo a mesma fonte.

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