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Defesa. OE2024 apresenta-se “indiferente” ao contexto dos conflitos internacionais, garante PSD

O deputado social-democrata António Proa sublinha que o Orçamento do Estado mantém a Defesa nacional numa rota da desvalorização e que não se adapta aos conflitos no leste e no Médio Oriente. As declarações foram feitas durante a audição da Ministra da Defesa no Parlamento, esta sexta-feira.
Carlos M. Almeida/Lusa
3 Novembro 2023, 20h23

O Orçamento do Estado (OE2024) não responde aos problemas existentes na Defesa e “não contraria o caminho de desvalorização” do sector, que se vem agravando ano após ano”, de acordo com o deputado do PSD António Proa.

Na audição da ministra da Defesa, Helena Carreiras, que teve lugar na final da tarde desta sexta-feira O parlamentar refere que a situação é de tal forma negativa que os efetivos das forças armadas são “cada vez menos e mais desmotivados”

O contexto é de “invasão [russa] da Ucrânia e perante o preocupante quadro de instabilidade e incerteza no Médio Oriente, com consequências imprevisíveis na Europa”, segundo refere o social-democrata. Ora, assim sendo, “não é aceitável que o Orçamento do Estado se apresente indiferente a estas realidades”, sublinha, apontando para o desinvestimento que garante existir.

“O peso da Defesa no OE tem vindo a diminuir ano após ano”, tal como acontece com a despesa da Defesa em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB). António Proa estabeleceu depois uma comparação entre os dados existentes e os objetivos estabelecidos externamente.

“Também no plano internacional estamos a falhar”, sublinha, lembrando os dados divulgados pela NATO que indicam que Portugal não cumpriu o compromisso respeitante ao investimento na Defesa, que deveria ser de 1,66% do PIB e ficou-se pelos 1,48%.

Nesse sentido, Portugal fica “para trás”, entre os membros da NATO, no que respeita ao “esforço de adaptação ao novo ambiente geoestratégico”, pautado pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia e pela enorme tensão que se vive no Médio Oriente, com os ataques entre Israel e o Hamas a terem já escalado para fora das fronteiras daquele Estado Judaico e da Faixa de Gaza.

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