O Estado registou um défice de 2.553,2 milhões de euros até maio, ou seja, uma deterioração de mais de seis mil milhões no saldo orçamental em relação a igual período do ano passado. Esta passagem de excedente em 2023 para défice este ano deve-se ao disparo da despesa face a uma diminuição da receita.
Os dados da Direção Geral do Orçamento (DGO) divulgados esta sexta-feira mostram uma deterioração assinalável do saldo orçamental até maio, um resultado em linha com as leituras deste indicador até agora este ano. Tal como no mês anterior, verificou-se uma perda de receita conjugada com mais despesa, embora ambas em menor valor absoluto do que no mês passado.
A receita desceu até maio 3,7% em relação a igual período do ano passado, o que compara com 4,5% na execução orçamental até abril, enquanto a despesa cresceu 12,5%, ou seja, menos do que os 14,7% até abril. Já a despesa primária subiu 13,1%.
Recorde-se que o mês anterior havia fechado com um défice em contabilidade pública de 1.939,2 milhões de euros, o que também já refletia uma inversão do excedente registado no período homólogo de 2023. Na mesma linha, o primeiro trimestre fechou com um défice equivalente a 0,2% do PIB em contabilidade nacional.
A DGO faz ainda saber que a execução orçamental foi “influenciada pela transferência, em 2023, da totalidade das responsabilidades asseguradas através do Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos (FPCGD) para a CGA [Caixa Geral de Aposentações], no valor de 3.018,3 milhões de euros”, embora esta operação não tenha interferência numa análise em contabilidade nacional.
[notícia atualizada às 16h07]
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