A dependência dos Estados-membros relativamente às importações de crude e de produtos petrolíferos caiu em 2021 para 91,67%, o segundo valor mais baixo desde que há registos depois dos máximos alcançados em 2020, de acordo com números revelados pelo Eurostat esta segunda-feira.
Estes números ainda não são afetados pela situação geopolítica atual, nomeadamente a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que teve início em fevereiro de 2022.
De acordo com os dados revelados pelo Eurostat, contribuíram para o valor registado em 2021 as variações das importações líquidas (-0,3%), o aumento ao nível das importações (3,4%) e das exportações (9,2%) e o crescimento da energia bruta disponível (5.3%). Na produção primária, regista-se um decréscimo (5,7%), mas com menor influência no indicador total, já que o seu total absoluto é bastante reduzido, quando comparado com as outras variantes.
A dependência de importações de petróleo bruto (crude), essencial para a indústria petroquímica, já que permite produzir combustíveis, também regista um decréscimo no ano em análise, para 95,2%, abaixo dos níveis observados desde 2015. A variação está relacionada com aumentos nas importações líquidas (1,6%) e na energia bruta disponível (2,5%).
A produção primária caiu (6,1%), assim como as exportações (11,6%), mas com um peso inferior.
A produção de petróleo bruto voltou a registar uma redução em 2021, chegando a 17,5 milhões de toneladas, menos 6% do que em 2020. O índice alcançou máximos históricos em 2004, com 41,7 milhões de toneladas e em 19 anos caiu para menos de metade.
Os principais produtores na UE foram, em 2021 a Itália (4,8 milhões de toneladas), Dinamarca e Roménia (3,2 milhões). Em 2021, face ao ano anterior, houve uma redução em todos eles, na ordem de 10%, 8% e 4%, respetivamente.
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