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Depois do frio polar, EDP inaugura uma nova central no Texas

A EDP Renováveis com com um total de quatro centrais eólicas neste estado num total de 909 megawatts, num investimento superior a 1.200 milhões de euros.
20 Maio 2021, 17h56

A EDP Renováveis inaugurou uma central eólica nos Estados Unidos com uma potência superior a 200 megawatts (MW).

A central Reloj del Sol (relógio de sol) fica localizada no condado de Zapata no estado do Texas, anunciou hoje o quarto maior produtor mundial de energia eólica.

A EDP Renováveis com com um total de quatro centrais eólicas neste estado num total de 909 megawatts, num investimento de 1.500 milhões de dólares. Além disso, está a construir a central eólica de Wildcat Creek com 200 MW a 80 quilómetros da cidade de Dallas.

No primeiro trimestre, 0s lucros da EDP Renováveis afundaram 39% para 38 milhões de euros, devido ao impacto negativo da vaga de frio polar registada nos Estados Unidos este ano.

No primeiro trimestre, a produção de eletricidade na América do Norte recuou 3% para 4.551 gigawatts hora (GWh), com as vendas de eletricidade a afundarem 26% para 142 milhões de euros.

A 24 de fevereiro, o presidente executivo da EDP Renováveis, apontava que a vaga de frio polar tinha tido um “impacto limitado” nas operação da empresa no estado do Texas, com menos de 10% da capacidade instalada de 1 gigawatt a ser afetada.

A companhia portuguesa conta com quatro centrais eólicas neste estado: Lone Star Wind Farm (400 megawatts), Los Mirasoles (250 MW), Wilcat Creek (180 MW) e Reloj del Sol (209 MW).

A ação das equipas da EDP Renováveis no terreno contribuiu para mitigar os efeitos negativos. “A rápida resposta e a gestão de risco permitiu ter a expectativa de um impacto na casa dos 10 milhões no primeiro trimestre”, com o impacto exato a ser conhecido nas próximas semanas, disse o também presidente do grupo EDP a 24 de fevereiro.

As “extremas condições meteorológicas” tiveram “impacto na rede elétrica que provocou aumentos de preços que chegaram a atingir os nove mil dólares por megawatt hora”, destacou Miguel Stilwell de Andrade.

O Texas chegou a atingir temperaturas de 18 graus negativos nas últimas semanas. O consumo de eletricidade disparou e tiveram início os apagões de energia.  O próprio operador estadual da rede elétrica começou a provocar apagões programado de forma a reduzir a sobrecarga na rede.

A cidade de Dallas registou 10 graus negativos, um contraste com os 15 graus centígrados que costuma registar nesta altura do ano, de acordo com a “BBC”.

E ao mesmo tempo que os texanos ligaram os seus aquecedores, a produção de eletricidade foi impactava. As turbinas eólicas na parte norte do estado pararam de funcionar, e as centrais de gás natural foram fechadas depois de os gasodutos terem gelado, noticiou a “Reuters” a 20 de fevereiro.

Apesar deste fenómeno meteorológico ser raro no Texas, em 2011 houve uma vaga de frio, embora menos grave mas que também provocou problemas no abastecimento de eletricidade. Antes disso, houve vagas de frio em 1983, 1989, 2003, 2006, 2008 e 2010.

Mesmo com esse episódio, “os produtores de eletricidade do Texas falharam em adaptar os seus sistemas” para se tornarem mais resistentes ao inverno, conclui a “Reuters”.

De um total de 26 milhões de clientes do operador de rede, 4,5 milhões sofreram cortes no abastecimento de eletricidade na última semana. Já 14,5 milhões de texanos sofreram cortes no abastecimento de água por os canos terem congelado e rebentado.

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