O Governo dos Açores deve apresentar esta quinta-feira uma versão inicial do plano de contingência que está preparado caso exista deportação de açorianos que atualmente se encontram nos Estados Unidos da América, depois da tomada de posse de Donald Trump, que ocorreu na segunda-feira, confirmou fonte oficial do executivo açoriano ao Jornal Económico.
A apresentação deve ser feita pelo Secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades, Paulo Estêvão, à totalidade do Governo, durante uma reunião prevista para Ponta Delgada do Conselho do Governo, adiantou a mesma fonte oficial.
“Perspetiva-se para os próximos tempos a inclusão de contributos de outras forças políticas, num processo que o Governo pretende que seja de unidade regional”, confirma fonte oficial do Governo Regional dos Açores.
Refira-se que Paulo Estevão tinha dito, na semana passada, que o executivo açoriano se encontrava a preparar um plano de contingência num cenário em que houvesse deportação de cidadãos açorianos, que estivessem ilegais nos Estados Unidos, conforme referiu o governante ao jornal “Público“. Este plano pretenderá dar resposta em áreas como por exemplo a saúde, a habitação, o emprego, e a segurança social, como referiu a mesma publicação.
De acordo com a Associação de Emigrantes Açorianos, no primeiro mandato de Donald Trump existiram menos deportações de açorianos face aos mandatos de Barack Obama e de George Bush, confirmou a dirigente da associação ao Jornal Económico.
O maior número de deportações ocorreu nos mandados de George Bush e de Barack Obama, entre 1997 e 2013, com mais de 800 açorianos a terem que sair do país.
Um estudo do Centro de Estudos Sociais da Universidade dos Açores, de 2012, referia que entre 1987 e 2012 (primeiro trimestre) existiram 1.175 casos de deportações de Açorianos que estavam nos Estados Unidos e no Canadá.
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