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Desemprego fixa-se nos 6,5% em 2023. Taxa subiu para 6,6% no quarto trimestre

Taxa de desemprego ficou abaixo dos níveis previstos pelo Governo. Ainda assim, Portugal registou a “segunda taxa de desemprego anual mais baixa desde 2011, a seguir à de 2022”.
7 Fevereiro 2024, 11h29

A taxa de desemprego fixou-se nos 6,5% no total do ano passado, apresentando um ligeiro aumento de 0,4 pontos percentuais em relação a 2022. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta quarta-feira, os níveis do desemprego ficaram abaixo dos 6,7% previstos pelo Governo.

Os dados mostram que existam 4.978,5 mil pessoas empregadas em 2023, verificando um aumento de 2%, ou 97,1 mil pessoas, face a 2022. O órgão estatístico deu ainda nota que em 2023 se registou o “valor mais elevado desde 2011”. No entanto, a população desempregada também cresceu 8,6% para 346,6 mil cidadãos, sendo a “segunda taxa de desemprego anual mais baixa desde 2011, a seguir à de 2022”, quando se fixou nos 6,1%.

Nos jovens entre os 16 e 24 anos, a taxa de desemprego situou-se nos 20,3%, mais 1,2 p.p. que no ano anterior. Enquanto isso, a proporção de desempregados de longa duração foi estimada em 37,7%, menos 7,4 p.p que em 2022.

Em termos médios, a população ativa cresceu 2,4% no total do ano em relação ao ano anterior, sendo estimada em 5.325,2 mil pessoas, mais 124,7 mil que em 2022 que estavam prontas a trabalhar. Assim, a taxa de atividade da população em idade ativa situou-se em 61%, aumentando 1,2 p.p. em relação a 2022.

Quarto trimestre

Os dados do quarto trimestre também não são muito satisfatórios para a economia portuguesa. A taxa de desemprego voltou a aumentar no último trimestre do ano para 6,6%, de acordo com a previsão do INE, um valor 0,5 p.p. acima do que tinha sido registado no terceiro trimestre. Ainda assim, foi um valor igual ao verificado no trimestre homólogo.

O gabinete estatístico estima que a população desempregada se tenha fixado em 354,6 mil pessoas, num aumento de 8,7%, ou 28,5 mil pessoas, face ao trimestre anterior e 3% (10,4 mil) em relação ao quarto trimestre de 2022. A taxa de desemprego jovem foi estimada em 23,9%, valor superior em 3,6 p.p. ao do trimestre anterior e em 4,0 p.p. ao trimestre homólogo.

“Para a evolução homóloga da população desempregada contribuíram, principalmente, os acréscimos nos seguintes grupos populacionais: homens (10,2 mil; 6,3%); pessoas dos 16 aos 24 anos (20,8 mil; 28,5%); com ensino superior (11,3 mil; 14,6%); à procura de primeiro emprego (12,5 mil; 26,0%); e desempregados há menos de 12 meses (28,0 mil; 14,1%)”, sustenta o órgão estatístico.

Por isso mesmo, a população empregada diminuiu 0,7% para 4.980,5 mil pessoas face ao trimestre anterior, tendo aumentado 1,6% (79,8 mil) em relação ao mesmo trimestre de 2022. “A proporção da população empregada em teletrabalho, isto é, que trabalhou a partir de casa, foi de 17,8% (886,6 mil pessoas), mais 1,2 p.p. do que no terceiro trimestre de 2023”, indica o INE.

A taxa de emprego situou-se nos 56,9%, tendo diminuído 0,5 p.p. em relação ao trimestre anterior e aumentado 0,6 p.p. relativamente ao quarto trimestre de 2022.

“Já a subutilização do trabalho abrangeu 636,8 mil pessoas, o que corresponde a um acréscimo de 2,6% (15,9 mil) em relação ao trimestre anterior e de 0,4% (2,3 mil) relativamente ao período homólogo. A taxa de subutilização do trabalho, estimada em 11,6%, aumentou trimestralmente (0,3 p.p.) e diminuiu em termos homólogos (0,2 p.p.)”, lê-se no relatório do gabinete.

Os dados do INE confirmam que, no terceiro trimestre, a taxa de desemprego de jovens na UE foi de 14,9%, menos 5,4 p.p. que em Portugal, cuja taxa se fixou nos 20,3%. Isto significa que, no terceiro trimestre de 2023, Portugal apresentou a sétima taxa de desemprego entre os jovens mais elevada da UE.

No último trimestre do ano, a taxa de desemprego da população portuguesa foi superior à média nacional em quatro regiões NUTS II: Península de Setúbal (7,9%), Norte (7,3%), Açores (6,9%) e Grande Lisboa (6,7%). Foi ainda inferior nas restantes cinco regiões: Madeira (6,2%), Alentejo (6%), Algarve (5,9%), Centro (5,8%) e Oeste e Vale do Tejo (5%)

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