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“Desengane-se quem pensa que se trata de uma guerra do Ocidente contra a Rússia”, avisa Cravinho (com áudio)

O ministro apontou que “a derrota da Ucrânia seria a vitória da Rússia” e que “se for esse o resultado, vários países como Portugal seriam tão perdedores como a Ucrânia”.
epa09873787 Minister of Foreign Affairs of Portugal, Joao Gomes Cravinho, arrives at a special meeting of NATO’s Ministers of Foreign Affairs on the Ukraine Crisis in Brussels, Belgium, 06 April 2022. NATO Ministers of Foreign Affairs will attend a working dinner on the evening of 06 April, and a second day of meetings on 07 April. EPA/OLIVIER HOSLET
24 Fevereiro 2023, 11h10

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Joao Gomes Cravinho, enfatizou esta sexta-feira que quem estavam enganados aqueles que apontavam que a guerra que se trava há um ano entre Ocidente e Rússia.

“Desengane-se quem pensa que se trata de uma guerra do Ocidente contra a Rússia, trata-se de uma invasão ilegal injustificada”, referiu Gomes Cravinho durante reunião plenária sobre um ano de guerra na Ucrânia.

O governante lembrou que “todos vimos o que aconteceu na madrugada deste dia no ano passado”. “Todos assistimos à retorica belicista e aos argumentos absurdos do presidente Putin. Todos percebemos que o que Putin mais receia é que a população russa compreenda a verdade,  vimos que se tornou um crime pronunciar a palavra “guerra””, sublinhou.

Para Gomes Cravinho a “batalha maior que se trava é entre o regresso à lei do mais forte ou a sobrevivência do multilateralismo”.

Além disso, o ministro apontou que “a derrota da Ucrânia seria a vitória da Rússia” e que “se for esse o resultado, vários países como Portugal seriam tão perdedores como a Ucrânia”.

Cravinho também lembrou que esta sexta-feira a ministra da Defesa, Helena Carreiras, foi representar Portugal numa visita a Kiev. “Neste dia 24 de fevereiro tão tristemente carregado de simbolismo é com muito orgulho que temos na capital ucraniana a nossa ministra da defesa nacional manifestando uma vez mais o apoio e Portugal ao povo ucraniano”.

O governante aproveitou a sua intervenção ainda para afirmar que “o combate dos ucranianos pelo seu território é também o combate por um mundo mais decente, mais ordeiro e mais pacifico”.

 

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