A Direção-Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) anunciou a sua demissão na passada terça-feira, uma decisão hoje aceite por Ana Paula Martins, ministra da Saúde, e que levou, na altura, os diferentes partidos políticos a tomar uma posição relativamente a essa matéria.
Depois de Fernando Araújo ter comunicado que abdicava do cargo de diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, avançou que o partido vai chamar à comissão parlamentar da Saúde a ministra da tutela, Ana Paula Martins, e Fernando Araújo. Para Alexandra Leitão é preciso “esclarecer o país das razões desta saída”,
Por sua vez, o líder do Chega, André Ventura, considerou que a demissão de Fernando Araújo “deixa bem claro como esta direção executiva foi sempre desnecessária”.
Segundo Ventura a direção executiva não fez nada pelo “número de pessoas sem médico de família” ou pelas “as consultas e os hospitais que não melhoraram”. O líder do Chega defendeu que se deve “anular o cargo de diretor executivo do SNS, porque na verdade não serve para nada”.
Do lado da IL, o deputado Mário Amorim Lopes frisou que a direção executiva “foi criada há um ano, mas os seus estatutos demoraram um ano a ser redigidos. Portanto, não faz sentido estarmos agora a revisitar essa estrutura, que é necessária: é importante despolitizar a saúde, é importante que as decisões técnicas não sejam influenciadas por visões ideológicas da saúde”.
À esquerda, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, afirmou que “a realidade veio comprovar que [a direção executiva do SNS] não deu a resposta que era necessária ao Serviço Nacional de Saúde”.
Já no BE, a deputada Isabel Pires, referiu que a direção executiva do SNS “serviu de biombo para o ministério se esconder e se escudar das responsabilidades de decisão política”.
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