Esta transferência pode permitir grandes poupanças, dependendo do prazo e montante em falta. No entanto, é importante conhecer todo o processo e saber o que se deve analisar para tomar uma decisão acertada.
Consequentemente, é essencial considerar os quatro passos abaixo apresentados neste artigo do ComparaJá, que o ajudarão a tomar uma decisão mais acertada.
Antes de mais, precisa de analisar o seu contrato de crédito habitação. Tenha atenção não só à modalidade da taxa de juro e ao spread, mas também ao prazo de pagamento.
Para além disso, deve considerar todos os outros serviços contratados, como é o caso dos seguros obrigatórios (multirriscos-habitação e de vida), e os custos com outros produtos, tais como cartões de crédito e contas-poupança, que permitem a atribuição de uma bonificação no spread. Tenha atenção que, se transferir crédito habitação, o mais provável é também ter de subscrever estes produtos no banco para o qual vai mudar.
Por fim, saiba que esta operação é vista pelo banco como qualquer outro empréstimo. Isto significa que a instituição financeira irá calcular as condições para o financiamento de acordo com o risco do cliente. Faça, então, uma análise às suas finanças pessoais: desde o rendimento do agregado familiar às poupanças que tem disponíveis, passando pelas condições que tem no seu atual emprego e ao historial de cumprimento de créditos – este último permitir-lhe-á compreender se a sua transferência de crédito habitação será ou não viável.
Para transferir crédito à habitação, deve examinar todas as ofertas do mercado para escolher a que melhor se adequa às suas necessidades. Peça diversas simulações e compare os financiamentos, confrontando-os com as condições de que dispõe atualmente.
A comparação das propostas deverá ser feita através TAE (Taxa Anual Efetiva), que representa o custo anual do crédito e tem em conta todos os encargos inerentes (desde juros a custos e comissões), do spread ou até da TAER, caso opte por associar alguns produtos de forma a obter a bonificação do spread. Se as três características forem inferiores às que detém no atual empréstimo, talvez seja boa ideia transferir o seu crédito habitação.
Deverá ainda considerar se deve, ou não, prolongar o prazo de pagamento do crédito habitação, isto porque, se o fizer, ficará com uma mensalidade inferior, mas, por outro lado, acabará por pagar mais juros.
Embora a transferência seja um processo menos burocrático do que a contratação inicial de um crédito à habitação, este procedimento possui também alguns custos que deve calcular.
Existe uma comissão de reembolso antecipado de crédito que não pode ser superior a:
Além dos custos de amortização antecipada do empréstimo, que irá ter ao transferir crédito habitação para a nova instituição financeira, poderão existir outras despesas e comissões bancárias, tais como:
Mas estes gastos podem ser reduzidos ou até mesmo suportados, em parte ou na sua totalidade, pelo banco para o qual vai mudar. Deverá, então, ter atenção a quando as instituições financeiras têm maior propensão e estão mais recetivas a estas operações.
Depois de escolhida a instituição financeira que oferece a transferência de crédito mais vantajosa para si, deve realizar três etapas. A primeira é a solicitação para transferência do crédito habitação. Comunique a sua intenção ao banco que escolheu para transferir o crédito e submeta toda a documentação necessária.Após ter a aprovação da transferência, deve informar o banco atual sobre a transferência do empréstimo. Aqui, deve informar a instituição financeira na qual detém atualmente o seu crédito habitação sobre a intenção de transferir o empréstimo, para que possa formalizar o pedido. Este aviso deverá ser com 10 dias de antecedência.
Por fim, o banco onde contratou inicialmente o crédito habitação deve fornecer à nova instituição financeira todas as informações e documentação necessárias num prazo máximo de 10 dias úteis.
Antes de pensar em transferir, é muito importante comparar. “Para tal, o consumidor deve sempre considerar diversos fatores: as taxas de juro, o spread, os prazos de pagamento e os produtos e/ou serviços associados à contratação”, salienta Bruno Garcia, Partnerships Team Manager do ComparaJá.
“A comparação entre as opções e o empréstimo contratado atualmente deve ser feita de forma exaustiva e ponderada, para que perceba se vale mesmo a pena mudar o banco em que tem o crédito habitação.” Se, ao transferir o empréstimo, ficar com uma taxa de juro e um spread mais acessíveis, pode poupar milhares de euros no seu montante total (o chamado MTIC).Atualmente, já existem diversas instituições financeiras que cobrem os custos inerentes à transferência do empréstimo, permitindo ainda uma isenção de despesas iniciais. “Esta é mais uma vantagem de transferir crédito habitação, poupando muito mais do que está à espera”, explica Bruno Garcia.
“Por fim, caso a sua decisão seja avançar com a transferência do crédito habitação, deverá tentar conjugar essa alteração com a data de actualização da sua prestação (caso se encontre com um empréstimo indexado à Euribor ou num período de taxa fixa que esteja a terminar). Desta forma, qualquer actualização que o penalize terá um impacto mínimo no seu orçamento.”
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