O Presidente da República rejeitou a ideia de dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas, no mesmo dia em que o líder do Chega pediu uma ação ao Chefe de Estado, mas também ao PSD.
“Temos a inflação ainda muito alta, temos os juros nos empréstimos para a habitação muito altos. Temos, portanto, uma situação complicada, o PRR a começar a acelerar a execução e agora Portugal tem direito a mais dinheiro”, disse Marcelo, acrescentando “que independentemente do que pensarem Governo e oposição não faz sentido [dissolver o Parlamento], não fazia em novembro, fevereiro ou março, neste ano decisivo”.
Marcelo diz que muitos se questionam sobre o motivo pela qual o Presidente ainda não dissolveu o Parlamento, mas para estes o Chefe de Estado deixa a seguinte resposta: “É fazer as contas e ver que uma eleição significa quatro meses. Quatro meses de paragem na crise económica, na aplicação dos fundos, numa situação muito difícil”.
Esta segunda-feira o Chega pediu a demissão do Governo e pediu ação de Marcelo. “Este nível de de promiscuidade, corrupção e degradação deve levar à demissão do Governo. Vários dizem agora que essa demissão já teria sido feita e estaríamos a caminho da dissolução, mas há um ano que o Chega alertou praticamente no verão do ano passado para a acelerada degradação das instituições e agora cabe ao Presidente da República tomar essa decisão final”, disse André Ventura.
Ventura também pediu que o PSD avançasse com uma moção de censura, algo que o presidente do PSD prontamente recusou.
O pedido de demissão do Governo sucedem as declarações do primeiro-ministro disse, à agência Lusa, que considerou “gravíssimo” o email que o ex-secretário de Estado Hugo Mendes enviou à presidente executiva da TAP sobre um alegado pedido de alteração de voo do Presidente da República.
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