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Divisão no Partido Socialista obriga António Costa a recuar nas PPP

Carlos César recusou uma cedência total ao Bloco de Esquerda. Governo assume “erro”. Primeiro ministro e Catarina Martins evitam guerra total.
27 Abril 2019, 09h22

A divisão dentro do Partido Socialista obrigou António Costa a recuar nas Parcerias Público-Privadas (PPP) no setor da Saúde, segundo conta o jornal “Expresso” este sábado.

A bancada socialista chamou a ministra da Saúde, Marta Temido e travou a cedência ao Bloco de Esquerda (BE) com um alerta: “Isto não é a União Soviética”. Sem ter garantido o apoio decisivo do Partido Comunista Português (PCP), António Costa aceitou recuar.

Isto para tentar evitar uma escalada verbal com o Bloco, de forma a não inviabilizar acordos depois das legislativas. “Isto não condiciona, não perturba o que se possa passar na próxima legislatura”, garante Duarte Cordeiro.

Ao jornal “Expresso”, Catarina Martins, coordenadora nacional do Bloco de Esquerda pede “uma palavra conclusiva” ao primeiro-ministro. Na quinta-feira o “Diário de Notícias”, divulgou um documento enviado a 27 de março pelo Governo, no qual terá proposto ao BE acabar com as PPP, com uma proposta de Lei de Bases da Saúde que não previa a existência (ou prossecução) de PPP no setor da Saúde, confirmando assim o recuo do Governo e do PS nesta matéria.

No âmbito das negociações com os bloquistas sobre a Lei de Bases da Saúde, o Governo começou por defender a manutenção das PPP (ou a possibilidade de existirem PPP), propondo a seguinte formulação da lei: “A gestão dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde é pública, podendo ser supletiva e temporariamente assegurada por contrato com entidades privadas ou do setor social”.

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