A Dreammedia foi notificada de uma providência cautelar com decretamento provisório, interposta no Tribunal Administrativo de Lisboa, que determina a suspensão temporária da exibição de imagem em cinco painéis digitais de grande formato no concelho de Loures, bem como a proibição de entrada em funcionamento de outros dois equipamentos atualmente em fase de conclusão.
A Providência cautelar intentada por quatro munícipes de Loures obrigou a Dreammedia a desligar provisoriamente cinco painéis digitais de grande formato na entrada de Lisboa e a empresa “recebeu informações de que teve origem em pessoas com proximidade à JCDecaux”.
A Dreammedia diz que contesta a suspensão de painéis digitais em Loures e denuncia alegada interferência da JCDecaux.
Segundo a Dreammedia, “tratam-se de estruturas devidamente licenciadas, equipadas com tecnologia de regulação automática de brilho, e situadas em eixos estratégicos de entrada na cidade de Lisboa — locais de alta exposição publicitária no município de Loures e que concorrem diretamente com o contrato concedido à JCDecaux no interior da capital”.
“A ação judicial, formalmente apresentada por quatro cidadãos, Carlos Alberto Ferreira Rodrigues, Matilde Afonso Rodrigues, Dalila Maria de Oliveira Fidalgo Fernandes, Eduardo Manuel Bruno Fernandes — dois casais residentes em Loures — levanta, desde logo, dúvidas legítimas quanto à sua motivação, uma vez que os autores alegam que a manutenção dos suportes publicitários digitais, causa perigo para a condução rodoviária, de forma totalmente infundada”, sublinha a empresa.
“A providência cautelar não se baseia em qualquer parecer técnico nem é extensiva a qualquer outro operador, alegando apenas que estes suportes específicos causam distração”, aponta a Dreammedia.
A Dreammedia também informa que “recebeu informações de que diversos moradores de Loures foram abordados, nos últimos meses, por pessoas relacionadas com a JCDecaux, com o intuito de participarem numa iniciativa judicial desta natureza, tendo muitos recusado. Essas informações foram, de imediato, comunicadas às respetivas Juntas de Freguesia e ao Município de Loures (em momento anterior à receção da citação do Tribunal), pelo que esta ação não surpreendeu a Dreammedia”.
A Dreammedia diz ainda que “respeita escrupulosamente o Estado de Direito e apresentará a sua oposição judicial, convicta de que esta ação carece de fundamento. Irá igualmente solicitar indemnização aos autores do processo pelos danos causados, que se estimam já em largas centenas de milhares de euros, uma vez que existem vários contratos a decorrer que serão interrompidos”.
Face à gravidade da situação, a Dreammedia comunicou que irá apresentar denúncia à Autoridade da Concorrência e ao Ministério Público, para que “se faça uma investigação aprofundada com vista ao apuramento da verdade”.
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