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“É evidente que vai ter de haver reconversão de trabalhadores do setor do turismo”, garante Rui Rio

“É evidente que vai ter de haver reconversão de trabalhadores principalmente que estão no setor do turismo, vão ter de se reconverter para outros setores. O primeiro-ministro diz para o setor social, eu não digo para o setor social, digo para os setores da economia que se venham a revelar como necessários”, explicou Rui Rio.
  • JOSE COELHO/LUSA
20 Agosto 2020, 19h34

O líder do PSD Rui Rio assegurou esta quinta-feira, 20 de agosto, que vai ter de haver reconversão de trabalhadores do setor do turismo, tal como defendeu o primeiro-ministro António Costa. No entanto, o líder do PSD não concorda com o chefe de governo relativamente à reconversão exclusiva para o setor social.

“É evidente que vai ter de haver reconversão de trabalhadores principalmente que estão no setor do turismo, vão ter de se reconverter para outros setores. O primeiro-ministro diz para o setor social, eu não digo para o setor social, digo para os setores da economia que se venham a revelar como necessários”, frisou o líder do partido social democrata que  também apontou que será necessário “apoio em termos de formação profissional”.

Rui Rio salientou que no futuro “não vão haver empregos para a vida” e previu que só daqui a “dois ou três meses” se saberá os números mais aproximados da realidade relativamente ao desemprego em Portugal, consequência da pandemia que assolou a economia.

“No futuro, isto vai ser diferente do que foi no meu tempo em que nós podíamos ter um emprego para a vida , não vão haver empregos para a vida, todos os trabalhadores vão ter de estar aptos”, garantiu Rui Rio quando questionado sobre se concordava com a sugestão de António Costa dos desempregados turismo serem uma opção para as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).

“Taxa de desemprego é uma incógnita”

Sobre o aumento do desemprego, Rui Rio continua a insistir que “a taxa de desemprego é uma incógnita” e prevê que “daqui por dois, três meses devemos ter um número mais aproximado daquilo que será a realidade, que será muito má”. “Não vale estarmos preocupados se o número será mais ou menos alto, ele será seguramente alto e por isso temos é de nos preparar para um número alto”.

Para o líder do PSD os números do desemprego poderão ser influenciados pelo lay-off. “A quantidade enorme de pessoas que ainda estão em lay-off, dessas quantas vão passar do lay-off para o mercado de trabalho, ou seja no sentido que a sua empresa vai abrir totalmente e arrancar em pleno e quantas é que vão para o desemprego porque a sua empresa não vai conseguir subsistir porque”, destacou Rui Rio.

Outra forma de superar o desemprego que continua a crescer é a criação de “um programa sustentado de recuperação económica muito assente no investimento e muito assente na exportação ou então na substituição de importações”,

A opinião do presidente do PSD mantém-se, sendo que no mês de julho, Rui Rio já tinha frisado que “a taxa de desemprego em Portugal é uma incógnita, porque aquilo que foi hoje divulgado, era bom que fosse assim, mas não é, é pior”. Nessa altura, Rui Rio também apontou o número de pessoas que estavam em lay-off e cujo futuro poderia ser o desemprego.

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