O líder do PSD Rui Rio assegurou esta quinta-feira, 20 de agosto, que vai ter de haver reconversão de trabalhadores do setor do turismo, tal como defendeu o primeiro-ministro António Costa. No entanto, o líder do PSD não concorda com o chefe de governo relativamente à reconversão exclusiva para o setor social.
“É evidente que vai ter de haver reconversão de trabalhadores principalmente que estão no setor do turismo, vão ter de se reconverter para outros setores. O primeiro-ministro diz para o setor social, eu não digo para o setor social, digo para os setores da economia que se venham a revelar como necessários”, frisou o líder do partido social democrata que também apontou que será necessário “apoio em termos de formação profissional”.
Rui Rio salientou que no futuro “não vão haver empregos para a vida” e previu que só daqui a “dois ou três meses” se saberá os números mais aproximados da realidade relativamente ao desemprego em Portugal, consequência da pandemia que assolou a economia.
“No futuro, isto vai ser diferente do que foi no meu tempo em que nós podíamos ter um emprego para a vida , não vão haver empregos para a vida, todos os trabalhadores vão ter de estar aptos”, garantiu Rui Rio quando questionado sobre se concordava com a sugestão de António Costa dos desempregados turismo serem uma opção para as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).
“Taxa de desemprego é uma incógnita”
Sobre o aumento do desemprego, Rui Rio continua a insistir que “a taxa de desemprego é uma incógnita” e prevê que “daqui por dois, três meses devemos ter um número mais aproximado daquilo que será a realidade, que será muito má”. “Não vale estarmos preocupados se o número será mais ou menos alto, ele será seguramente alto e por isso temos é de nos preparar para um número alto”.
Para o líder do PSD os números do desemprego poderão ser influenciados pelo lay-off. “A quantidade enorme de pessoas que ainda estão em lay-off, dessas quantas vão passar do lay-off para o mercado de trabalho, ou seja no sentido que a sua empresa vai abrir totalmente e arrancar em pleno e quantas é que vão para o desemprego porque a sua empresa não vai conseguir subsistir porque”, destacou Rui Rio.
Outra forma de superar o desemprego que continua a crescer é a criação de “um programa sustentado de recuperação económica muito assente no investimento e muito assente na exportação ou então na substituição de importações”,
A opinião do presidente do PSD mantém-se, sendo que no mês de julho, Rui Rio já tinha frisado que “a taxa de desemprego em Portugal é uma incógnita, porque aquilo que foi hoje divulgado, era bom que fosse assim, mas não é, é pior”. Nessa altura, Rui Rio também apontou o número de pessoas que estavam em lay-off e cujo futuro poderia ser o desemprego.
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