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“É um desafio muito grande”. DN regressa a diário esta terça-feira

“É um desafio muito grande numa altura de pandemia, não estamos a viver tempos bons, em termos económicos, e há quem diga que não estamos a viver tempos de paz”, afirmou a diretora do DN, em declarações à agência Lusa.
28 Dezembro 2020, 18h54

O Diário de Notícias (DN) regressa esta terça-feira às bancas com edições diárias, quando celebra o seu 156.º aniversário, com novas secções e grafismo, recorrendo a sinergias dentro do grupo Global Media, num ano marcado por novos desafios.

“É um desafio muito grande numa altura de pandemia, não estamos a viver tempos bons, em termos económicos, e há quem diga que não estamos a viver tempos de paz”, afirmou a diretora do DN, em declarações à agência Lusa.

Numa altura em que se terminam os últimos preparativos para esta nova primeira edição, Rosália Amorim notou que, apesar de não se estar “em tempos de contratações”, a publicação vai contar com uma equipa própria de 22 jornalistas e com contribuições de todos os profissionais das marcas do grupo Global Media – como a TSF, o Jogo, o Jornal de Notícias e o Dinheiro Vivo.

Segundo a responsável, este é um regresso esperado por muitos leitores e que pretende também continuar a captar novos públicos, tendo uma aposta comercial muito forte.

Este regresso será também “um desafio”, sobretudo pelo impacto económico causado pela pandemia de covid-19, sem “qualquer desinvestimento” no que se refere ao ‘online’.

“A tendência internacional tem sido de os jornais começarem a apostar, cada vez mais, no ‘online’. Foi feita essa aposta […]. Não há qualquer desinvestimento do ‘online’ da nossa parte. o que há é sim uma complementaridade porque sabemos que ainda há muitos leitores que ainda gostam de ler em papel e um jornal em papel é também um marco importante na agenda do país”, garantiu Rosália Amorim, que transitou, recentemente, da direção do Dinheiro Vivo, para o DN.

Apesar de reconhecer que a conjuntura é de uma fase “muito difícil”, a diretora do diário defendeu que é também nesta altura que a informação faz a diferença, quando a desinformação aumenta.

“O Diário de Notícias cumpre aqui também o seu papel de informar os cidadãos e de continuar a zelar pela liberdade, democracia e pela liberdade de imprensa, como faz há 156 anos”, notou.

O regresso do DN às bancas em formato diário vai contar com “projeto gráfico todo mudado”, assinado pelo diretor de Arte do DN, Rui Leitão, mas também com novas secções e rubricas, que fazem “jus à condição de ser um diário”.

A par de secções como política, internacional, cultura, desporto e sociedade, a publicação vai dar destaque ao tema do dia e ao “local” com notícias da grande Lisboa e de outras regiões.

Na sexta-feira, regressa o segmento Evasões, com “o lado bom da vida” e aos sábados o DN vai ainda realçar a “cultura, estilo e pessoas inspiradoras”.

O Dinheiro Vivo, que sai todos os sábados, vai continuar a apresentar “tudo sobre a economia” e ao domingo regressa a Notícias Magazine, com temas que passam pelo comportamento e família.

A edição desta terça-feira vai olhar “muito para o futuro”, quando há uma “enorme expectativa” sobre o efeito da vacina na economia, política, país e mundo, desvendou Rosália Amorim.

“É muito importante honrar o passado, mas agora temos de olhar em frente e é isso que vamos fazer”, sublinhou, esperando um “impacto em banca” junto dos leitores e dos parceiros.

O desafios e as expectativas do sucesso da primeira edição estendem-se a toda a redação, com os editores a acreditarem no regresso ao papel.

“É um grande desafio, sobretudo com uma redação muito pequena como temos, mas é muito bom voltarmos. Temos muito leitores, mais velhos, que sentiram muito a nossa falta. É muito diferente sentirmos o jornal do que lermos ‘online’”, defendeu a responsável pela área internacional, Helena Tecedeiro.

A jornalista acredita no regresso de muitos leitores ao jornal em papel, não só seniores, mas também jovens.

“Vamos ter uma grande edição, com temas diferentes, boa opinião […] e vamos ter uma boa visão do que ai vem no próximo ano”, referiu Helena Tecedeiro.

Já Filipe Gil, responsável pelo suplemento DN mais, vê com “grande entusiasmo” este regresso, que diz ser “muito importante” para o jornal.

Este suplemento vai apresentar “pessoas que nos inspiram, o lado B da vida” e temas ligados ao ‘lifstyle’, acrescentou.

“É um desafio, mas que todos nós estamos híper contentes […]. As expectativas são muito grandes e eu próprio vou acordar mais cedo para ir a correr à banca para ver e sentir o que estamos a preparar já há algumas semanas”, concluiu.

O DN foi fundado em 1864 por Eduardo Coelho.

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