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“É usar a habitação para fazer política, em vez de ter política de habitação”, defende Victor Reis

O atual estado do mercado de habitação resulta das reversões de políticas em 2016 e 2018, defende antigo presidente do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), apontando à queda de contratos de arrendamento desde 2017. Medidas recentes só pioram situação e revelam infantilidade, falta de experiência e de articulação.
6 Abril 2023, 11h55

O pacote ‘Mais Habitação’ foi alvo de alguns ajustes após a demorada consulta pública, mas as críticas não acalmaram. Victor Reis, antigo presidente do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), duvida dos benefícios do mesmo, prevendo que venha a agravar muito o problema, fruto de uma estratégia para a habitação movida por objetivos políticos e baseada em informação incompleta. O estado atual do mercado deve-se sobretudo à reversão de várias medidas para a habitação em 2016 e 2018, defende, ao invés do turismo e vistos gold, realidades que, admite, podem ter impactado negativamente o problema, mas cuja limitação não resolverá nada.

Existe, de facto, uma crise generalizada da habitação ou é uma situação com mais nuances?
Há nuances. Há uma crise que tem a ver com as pessoas que estão à procura de casa pela primeira vez; há uma outra crise que tem a ver com toda a faixa da população que tem vivido em casas arrendadas, porque há claramente uma contração da oferta, muitos contratos a cessarem, uma grande perturbação do ponto de vista da duração dos contratos e, portanto, com muitos senhorios a tempestivamente cessar contratos. Penso que tem muito a ver com todo o clima de controvérsia em torno desta matéria.

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