A economia chinesa começa a dar sinais de estabilidade que são impulsionadas pelo primeiro aumento em setembro, dos últimos seis meses, da produção industrial no país, que de acordo com o índice de gestores de compras (PMI), baseado num inquérito aos principais fabricantes, subiu de 49,7%, para 50,2%, informa a “Reuters” este sábado.
Depois de um início de ano com grande dinamismo, quando as restrições contra a Covid-19 foram levantadas, a economia da China tinha vindo a diminuir, tendo os primeiros sinais de uma melhoria surgido em agosto com a aceleração do crescimento da produção industrial e das vendas a retalho, enquanto as descidas das exportações e importações desceram.
Os lucros das empresas industriais registaram um crescimento surpreendente de 17,2% em agosto, revertendo uma queda de 6,7% registada em julho.
No entanto, o país continua a ser afetado por uma crise no mercado imobiliário, com as autoridades políticas a anunciarem uma série de medidas para reforçar o sector, incluindo a redução das taxas de hipotecas. Os preços das casas novas caíram em 10 meses em agosto e o investimento imobiliário caiu pelo 18º mês consecutivo.
“A economia da China estabilizou em parte devido ao abrandamento das políticas do sector imobiliário”, afirmou Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management.
Na última quinta-feira a China Evergrande o promotor imobiliário mais endividado do mundo, com mais de 300 mil milhões de dólares de passivo, informou que o seu fundador está a ser investigado por suspeitas de “crimes ilegais”.
O Banco Asiático de Desenvolvimento reduziu na semana passada a sua previsão de crescimento económico para a China em 2023 para 4,9%, face a uma previsão de julho de 5,0%, devido à fraqueza no sector imobiliário.
Os analistas dizem que será necessário mais apoio político para garantir que a economia da China possa atingir a meta de crescimento do governo de cerca de 5% este ano.
“A questão principal daqui para frente é se a política fiscal se tornará mais favorável. Acho que sim, mas em termos de tempo, a mudança na orientação da política fiscal poderá acontecer no próximo ano, em vez de neste ano”, referiu Zhiwei Zhang.
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