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Economia francesa cresce acima das previsões no segundo trimestre

O PIB de França cresceu 0,3% entre os meses de abril e junho. “O primeiro pilar da minha estratégia para reduzir o défice é o crescimento, e ele está lá, por isso cumpri a minha missão”, disse esta terça-feira o ministro francês da Economia e das Finanças, Bruno Le Maire.
Economia francesa
30 Julho 2024, 10h41

A economia francesa teve um crescimento maior do que o esperado no segundo trimestre deste ano. O Produto Interno Bruto (PIB) francês cresceu 0,3% entre os meses de abril e junho, de acordo com a informação divulgada esta terça-feira pelo organismo de estatísticas Insee.

A evolução do PIB ficou em linha com o primeiro trimestre, que acabou por ser revisto em alta numa décima, mas acima das previsões. “Os economistas estimavam um crescimento da economia francesa mais ténue de 0,2% e as perspetivas para o terceiro trimestre são mais favoráveis (0,5%), devido ao impacto dos Jogos Olímpicos”, lê-se na research económica da BA&N.

A procura interna final (excluindo stocks) está a aumentar ligeiramente de novo e a contribuir positivamente para o crescimento do PIB neste trimestre devido à ligeira recuperação da formação bruta de capital fixo (FBCF de +0,1). Quanto ao consumo das famílias, mantém-se estável no segundo trimestre, segundo o Insee, que é homólogo do português INE.

“As compras de bens estagnaram neste trimestre (0% após -0,1%). Em detalhe, o consumo alimentar desceu (-1,6% após -0,1%), assim como o consumo de combustíveis (-1% após +1,8%). Por outro lado, o consumo de gás e eletricidade está a acelerar (+3,5% após +0,3%), devido a uma primavera mais fria do que nos anos anteriores, e o consumo de equipamento de transporte, especialmente automóveis, está a recuperar (+1,6% após -3,5%)”, informa o relatório do organismo francês.

Já a contribuição do comércio externo para o crescimento de França foi positiva nestes três meses de 2024: +0,2 pontos percentuais. As importações mantiveram-se estáveis e as exportações dinâmicas (+0,6%).

O ministro da Economia e das Finanças de França reagiu prontamente a estes números: “É claro que pode ter impacto positivo no défice (…). O primeiro pilar da minha estratégia para reduzir o défice é o crescimento, e ele está lá, por isso cumpri a minha missão”. Na opinião de Bruno Le Maire, “quanto mais cedo” o país tiver “um governo, melhor, porque a incerteza não é boa para os investidores ou para as empresas, que precisam de visibilidade”.

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