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Economistas preveem que inflação suporte corte de juros da Fed

Os dados económicos, nomeadamente sobre a inflação, devem vir a suportar a decisão da Fed de avançar com um corte de 50 pontos base nas taxas de juro, contrariando aquela que era a expectativa da maioria dos investidores.
Fed Jerome Powell Juros
22 Setembro 2024, 13h12

A Reserva Federal dos EUA (Fed) decidiu cortar as taxas de juro pela primeira vez em quatro anos, avançando com uma redução mais expressiva do que era esperado pela maioria dos investidores. Uma decisão que os economistas acreditam que vai ser suportada pelos dados económicos.

Depois de o Banco Central Europeu ter avançado com a inversão da política monetária no início deste verão, foi a vez de o banco central liderado por Jerome Powell dar este passo. As taxas, que estavam há mais de um ano num intervalo entre 5,25% e 5,5%, desceram para 4,75% e 5%, recuando em 50 pontos base. Isto quando a maioria do mercado apontava para um corte de 25 pontos base.

Os indicadores referentes à inflação e a procura dos consumidores devem vir a corroborar tanto a decisão de um corte agressivo das taxas de juro como também a perspetiva do presidente da Fed de que a economia continua forte, escreve a “Bloomberg”.

De acordo com a agência de notícias, os economistas preveem que o índice de preços para gastos de consumo pessoal deverá subir apenas 0,1% em agosto pela segunda vez em três meses. Já a inflação deverá ter avançado 2,3% face ao período homólogo, naquele que será o crescimento anual mais baixo desde o início de 2021 e ligeiramente acima da meta do banco central de 2%.

“Não vejo nada na economia neste momento que sugira a possibilidade de um abrandamento”, disse Jerome Powell depois de anunciar o corte das taxas de juro. “Vemos [a economia] a crescer a um ritmo sólido. Vemos a inflação a abrandar. Vemos um mercado laboral que ainda está em níveis sólidos. Por isso, não vejo isso [um abrandamento] neste momento”, referiu.

A descida das taxas de juro nos EUA não deve ficar por aqui, com a Fed a apontar para uma redução de outros 50 pontos base este ano. Uma vez que haverá duas reuniões de política monetária, em novembro e dezembro, o banco central norte-americano pode avançar com duas descidas de 25 pontos base, cada, ou com um único corte de 50 pontos base.

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